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Outro lado

Avaliação do trabalho no centro é positiva, diz governo do Estado

Secretária da Justiça defende ação policial na cracolândia; prefeitura nega subutilização de complexo de saúde

DE SÃO PAULO

Um trabalho "extremamente positivo". Essa é a avaliação da secretária estadual da Justiça, Eloísa Arruda, sobre os seis meses da intensificação da presença da Polícia Militar na cracolândia.

No final de janeiro, Eloísa havia dito que a cracolândia tinha acabado. Na entrevista concedida anteontem, ela não repetiu a afirmação.

A secretária diz que os trunfos desse período foram a prisão de 489 pessoas e a internação de outras 775.

Sobre o fato de a ação da PM ter sido considerada "vexatória" pelo Ministério Público, Eloísa afirma que os policiais precisaram ser mais incisivos para garantir a segurança.

"A atuação dos traficantes não permitia mais o ingresso dos agentes", afirmou.

A secretária diz ainda que não houve quebra de confiança entre dependentes e agentes de saúde. Admite, porém, que houve migração dos viciados para outras áreas.

"Nunca vimos a migração como algo negativo. Tiramos aquela pessoa do foco de assédio de traficantes e tivemos a oportunidade de abordá-la em outras regiões."

A opinião é a mesma de Rosângela Elias, coordenadora da área de Saúde Mental, Álcool e Drogas da Prefeitura de São Paulo.

Rosângela diz que o Complexo Prates não está subutilizado. Diz que nos últimos três meses foram feitos 5.000 atendimentos na AMA, espécie de pronto-socorro que é a porta de entrada para o tratamento -a capacidade é de 5.000/mês-, e que Centro de Atenção Psicossocial, onde o tratamento é feito, tem 467 pessoas cadastradas. Elas vão ao local de quatro vezes por semana a uma vez por mês.

Rosângela diz ainda que não é possível concluir que uma internação deve durar seis meses, como diz a Promotoria, pois o tratamento varia de pessoa para pessoa.

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