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Entrevista

Crimes estão ligados ao tráfico, diz pesquisador

Coordenador do Núcleo de Estudos sobre Situações de Violência e Políticas Alternativas da Unesp, José dos Reis Santos Filho diz que o aumento da criminalidade no Estado pode estar ligado ao tráfico de drogas.

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Folha - Por que o Estado não consegue conter a alta nos crimes contra patrimônio?
José dos Reis Santos Filho - A tese sobre a situação social está mais complicada de ser apresentada porque a situação do país, em geral, melhorou muito em relação ao passado. Fora isso, há uma série de linhas de políticas públicas que tem colaborado.
Uma hipótese é que há grupos de narcotraficantes tentando se estabelecer, se fortalecer, no meio criminal. Isso porque o padrão geral é um acordo tácito entre o crime organizado, o PCC, por exemplo, e as autoridades policiais.
Esse acordo diz: "Não vamos chamar a atenção para que a repressão não venha para cima da gente".

Mesmo com escolta, familiares do presidente do TJ foram vítimas de uma tentativa de roubo. Nem assim as pessoas estão seguras?
Posso admitir a possibilidade de um ato ousado em que os ladrões sabiam quem estava no carro ou a de que não sabiam que o carro era "carimbado". Se não sabiam, cometeram uma gafe extraordinária.

Pelo que a polícia falou, os ladrões não sabiam.
Qualquer uma das hipóteses mostra uma sofisticação do roubo. Não só os casos de veículos, mas também os arrastões, nos assaltos a joalherias há um mínimo de organização.

O que isso quer dizer?
Que mesmo o ladrão "pé de chinelo" aprendeu a se organizar de forma sofisticada e a polícia é ineficiente. Ainda há muito pouco caso solucionado.

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