João Uchôa Cavalcanti Neto (1933-2012)

De repórter a dono de universidade

João Uchôa Cavalcanti Neto começou sua vida profissional nas redações de jornais cariocas. Primeiro, como repórter de polícia; mais tarde, como redator.

Mas a carreira nas redações não durou muito tempo. Uchôa Cavalcanti voltou-se para o Poder Judiciário, onde foi escrevente juramentado, advogado e, finalmente, juiz.

Foi como magistrado que fundou, em 1970, a faculdade de direito Estácio de Sá, em uma casa modesta na zona norte do Rio.

O empreendimento não parou de crescer. Em 1988, alcançou o status de universidade. Em 2007, abriu capital e passou a ter ações negociadas na Bolsa de Valores.

No ano seguinte, associou-se ao grupo GP Investments, que detém o controle acionário da empresa.

Chegou à marca de 215 mil alunos em 2010, tornando-se um dos maiores grupos de ensino do país. Em agosto daquele ano, Uchôa e sua filha, Monique, foram ao mercado vender os 41,7% de ações que ainda detinham de participação na universidade.

Hoje, a Universidade Estácio de Sá tem 70 unidades em 17 Estados do país. O grupo tem ainda uma unidade no Paraguai, com cerca de 2.000 estudantes.

Uchôa estava internado desde fevereiro no Hospital São Vicente, na Gávea, zona sul do Rio, para tratamento contra um câncer no esôfago.

Aposentado, morreu na manhã de quinta-feira (5), aos 78, devido a complicações da doença.

O velório começa hoje às 7h e o sepultamento está marcado para as 14h, no cemitério São João Batista, na zona sul do Rio.