Em universidade do Pará, até reitoria tem construção emperrada

O campus da UFPA (Universidade Federal do Pará) em Belém é um canteiro de obras, mas com um problema: ela é uma das universidades com maior número de obras paradas no Brasil.

Segundo levantamento do Ministério da Educação, são nove obras paralisadas.

A Folha também encontrou construções com cronograma atrasado e até obra que será entregue sem o acabamento do segundo andar.

Há casos em que apenas os alicerces foram iniciados e a obra parou por aí, como a do futuro laboratório do curso de engenharia civil, que deveria ter sido concluído no fim do ano passado, com custo previsto de R$ 923 mil.

O novo prédio servirá para desafogar o atual laboratório. "Foi feito um investimento de R$ 1,5 milhão em equipamentos e não podemos utilizá-los adequadamente por falta de espaço", afirmou o professor Dênio Raman, responsável por um grupo de pesquisa.

A obra foi paralisada para readequação porque havia erros no projeto, dizem os professores, e não foi retomada.

Até mesmo a reitoria da UFPA está com dificuldades para concluir a construção de um prédio anexo.

Os quatro andares do prédio já estão erguidos, mas ainda faltam paredes e acabamento. O aspecto da obra é de abandono, com tábuas amontoadas na entrada.

O relatório do MEC diz que a empresa responsável pela obra não cumpriu os prazos e o contrato expirou.

Na construção do prédio do Centro de Pesquisas para o Desenvolvimento da Amazônia, não houve atrasos, mas o orçamento inicial (R$ 521 mil) não foi suficiente. A obra será entregue só com o primeiro andar terminado -o segundo não será usado.

PRESÍDIO

Entre as reivindicações do sindicato dos docentes da federal de Alagoas está a retirada de presídio de dentro do campus Arapiraca -a universidade cresceu onde já existia a unidade prisional.

Segundo a entidade, houve disparos contra a escola e sequestro de um motorista.