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Análise

Punição é medida correta, mas só investimentos trarão melhorias

JULIUS CESAR CONFORTI
ESPECIAL PARA A FOLHA

Desde dezembro, operadoras de saúde estão obrigadas a disponibilizar atendimento aos consumidores de acordo com prazos máximos determinados pela ANS. O objetivo era tentar reduzir a longa espera, até para marcar consultas.

Mas, embora os prazos sejam em alguns casos longos -para cirurgias eletivas chegam a 21 dias úteis, por exemplo- e as empresas tenham tido tempo para as adequações, muitas não cumprem a regra.

A facilidade com que descredenciam hospitais, laboratórios e clínicas e a baixa remuneração dos profissionais de saúde, que não os estimula a atender clientes dos planos, podem explicar o problema.

Medidas conjuntas da classe médica, da ANS e dos planos são necessárias para que haja melhora nos serviços.

Hoje, muitos consumidores continuam enfrentando longas esperas, não sendo raras as vezes em que são obrigados a recorrer a atendimento particular ou ao Poder Judiciário.

Impedir que as operadoras que descumpriram o que foi determinado comercializem seus produtos é a providência mais acertada, mas só com investimentos na expansão das redes hospitalares e no credenciamento de médicos é que os prazos de atendimento serão efetivamente cumpridos.

JULIUS CESAR CONFORTI é advogado especialista em direito do consumidor nas áreas de saúde e medicina

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