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Câmara de SP muda registro de presença Digitais serão usadas para impedir fraudes DE SÃO PAULOA partir de agosto, os vereadores de São Paulo só poderão marcar presença nas sessões por meio de biometria (impressão digital) ou usando o microfone do plenário. Hoje, os parlamentares podem fazer isso digitando uma senha, o que daria margem para fraudes -por exemplo, um assessor pode fazer o registro no lugar do vereador. Outra alteração é a retirada do terminal eletrônico para a marcação de presença instalado em um corredor privativo dos vereadores. A ideia é evitar que os parlamentares marquem presença ali e não compareçam ao plenário. O vereador que não comprova ter participado de uma sessão tem um desconto de R$ 465 nos salários. A mudança no sistema de registro foi aprovada ontem pela Mesa Diretora da Câmara, que está em recesso. Por se tratar de uma medida administrativa, não é necessária a aprovação em plenário. A decisão da cúpula da Casa ocorre nove dias após o jornal "O Estado de S. Paulo" publicar reportagens afirmando que assessores da mesa fraudavam o painel para garantir presença dos vereadores nas sessões ordinárias. OUTRAS MUDANÇAS Também a partir de agosto, não será mais colocado na internet o resumo consolidado diário dos comparecimentos de vereadores nas sessões do dia (ordinárias e extraordinárias), mas sim a relação de presença em cada uma. Da maneira como é publicada hoje no site do Legislativo, a presença nas ordinárias basta -se ele faltar na extraordinária, por exemplo, a ausência não é registrada. Na semana passada, proposta de mudança feita pelo presidente da Casa, José Police Neto (PSD), incluía um quarto item, que obrigava o vereador a registrar presença até o fim da sessão ordinária. Isso acabaria com a permissão dada hoje para que o parlamentar marque presença até quatro horas após o início da sessão ordinária. Como ela dura geralmente cerca de meia hora, o parlamentar acaba registrando presença quando ela já se encerrou. Segundo Police, este item só poderá ser discutido com a volta do recesso, por não se tratar de medida administrativa. "Adotamos essas medidas junto com o colégio de líderes neste momento, mas outras mudanças podem ser discutidas ainda no período de julho", disse Police Neto. O Ministério Público instaurou uma apuração preliminar para saber se há indícios de irregularidade. Texto Anterior | Próximo Texto | Índice | Comunicar Erros |
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