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Cícero Silveira Vianna (1926-2012)

Um advogado e exilado político

ESTÊVÃO BERTONI
DE SÃO PAULO

Após a retomada das eleições diretas para governador no Brasil, em 1982, Cícero Silveira Vianna não quis mais saber de política. Ex-exilado e anistiado, decidiu se desligar para sempre da área.

Filho de um gerente do Banco do Brasil, nasceu em Ipameri (GO) e morou em várias cidades, como Parnaíba, no Piauí, por conta das transferências de trabalho do pai.

Começou a estudar direito em Belo Horizonte. Ainda no primeiro ano, transferiu-se para São Paulo, onde se formou em 1951, na USP. Nessa época de estudante, deu início à militância. Foi do PCB.

Advogou por um tempo até se tornar procurador federal. Trabalhou na rede ferroviária e, no governo de João Goulart, foi superintendente jurídico da Supra (Superintendência de Política Agrária).

Em 1964, com o golpe, perdeu o emprego e entrou para a clandestinidade. Próximo a Marighella, fez parte da ALN (Ação Libertadora Nacional).

Em 1969, já separado da primeira mulher, com quem teve quatro filhos, exilou-se no Chile, onde conheceu a segunda companheira. Teve mais um filho. Morou depois na Suécia, onde se dedicou a estudar a reforma agrária.

Em 1979, vivendo em Lisboa, participou da fundação do PDT. De volta ao Brasil, a insatisfação com a política veio nas primeiras eleições.

Nos três primeiros anos de regresso, vendeu maquinário agrícola, até retomar a carreira de advogado. É descrito como simpático e sociável. Não falava muito sobre sua ação política, o que tornou o período nebuloso para os filhos.

Estava com a saúde debilitada. Morreu no domingo (8), aos 85, após parada cardíaca.

coluna.obituario@uol.com.br

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