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Distribuição de novas lixeiras é desigual; Pinheiros, por exemplo, recebeu o dobro da Brasilândia, apesar de ter a metade dos moradores desse bairro

AMANDA KAMANCHEK
COLABORAÇÃO PARA A FOLHA

Quem anda pela rua Dona Elisa de Moraes Mendes, no Alto de Pinheiros, zona oeste de São Paulo, encontra uma via pequena, calma e com poucas pessoas passando por lá. A cada cinco metros, no entanto, se depara com uma lixeira.

Já na Brasilândia, na zona norte, é preciso "sorte" para encontrar uma lixeira fora das principais vias. Nelas, esses equipamentos estão instalados a cada 20 metros.

Até 2011, São Paulo tinha 36 mil coletores distribuídos pela cidade. Para este ano, estão previstos outros 150 mil novos, até o final de agosto. Dessa forma, São Paulo terá um total de 186 mil coletores. Hoje, já são cerca de 135 mil.

A instalação de novas lixeiras faz parte de uma licitação bilionária (R$ 2,25 bilhões, em três anos) que prevê também a varrição de ruas, lavagem após feiras, limpeza de bocas de lobo, entre outros serviços.

Apenas em junho, 41.777 foram instaladas pelas concessionárias responsáveis pela limpeza urbana e varrição Soma (Soluções em Meio Ambiente) e Inova -Gestão de Serviços Urbanos.

Levantamento da Folha, porém, mostra que entre alguns bairros a distribuição de novas lixeiras foi desigual.

Pinheiros, por exemplo, apesar de ter quase a metade da população da Brasilândia, recebeu o dobro de coletores. O bairro tem quase o mesmo número de lixeiras que a região da Sé, no centro. Isso apesar de ter cerca da metade de sua população.

As concessionárias dizem que o critério é o fluxo de pessoas e a varrição (leia ao lado).

O Alto de Pinheiros teve tantos coletores instalados que moradores chegaram a reclamar. "Temos seis lixeiras em um pequeno quarteirão de rua estreita", diz a designer Cláudia Moreira, 62.

Segundo a Inova, "as lixeiras são instaladas a cada 50 metros em vias de grande circulação, e a cada 100 metros nas regiões periféricas mencionadas", diz o superintendente de comunicação da empresa, Carlos Balote. Tais distâncias, no entanto, diferem das apuradas pela Folha.

No Alto de Pinheiros há ruas onde os coletores foram instalados a cada cinco metros. Na Brasilândia, a cada 20 metros. Já na 25 de Março, por onde circulam mais de 400 mil pessoas por dia, há coletores a cada dez metros.

Outro bairro que recebeu poucas lixeiras foi o Jabaquara, na zona sul -210. Já a Vila Mariana, na mesma região, recebeu 6.173.

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