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Por corpão, 'pattys' se jogam na lama do rúgbi

Bumbum 'power' é um dos resultados; jogo exige preparo

Número de meninas praticantes salta de 320 para 500 em todo o país; esporte volta a ser olímpico em 2016, no Rio

MARIANA RIOS
COLABORAÇÃO PARA A FOLHA

Bastam dez minutos de partida para fazer um estrago danado: uniformes, cabelo, rosto e unhas ficam tingidos de ocre. Em nada lembram aquelas mulheres que, antes de entrar em campo, deixaram no vestiário o salto alto e o modelito social.

De shorts, camiseta e chuteiras, correm num campo de barro, derrubando-se no chão, disputando uma bola oval, numa noite com sensação térmica de 15ºC.

O zelador da quadra na Vila Sônia (zona oeste), onde 15 mulheres de classe média-alta entre 17 e 36 anos treinam três vezes por semana, não entende a disputa. Nem família, namorados e colegas de trabalho das garotas.

"Minha mãe tem medo de que me machuque", conta Georgia Bianco Januzzi, 17, que treina no Pasteur Athlétique Club, na zona sul.

Mais mulheres estão praticando a modalidade. A Confederação Brasileira de Rugby estima que eram 320 praticantes em 2009. Hoje, elas são 500. Não se incomodam em ficar raladas ou doloridas. "Machucar é quebrar osso e romper ligamento", desdenha Luíza Lopes, 22.

Para quem pensa em treinar para ficar perto dos fortões do time masculino ou para deixar o bumbum duro, a treinadora avisa: não aguenta o tranco. "No teste físico tem que correr até vomitar, senão não deu tudo", grita a técnica Márcia Muller, 30.

Confira fotos

folha.com/fg8653

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