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Jamir Leôncio Schiavone (1934-2012)

Criador do 'semáforo do plenário'

JULIANA COISSI
DE RIBEIRÃO PRETO

Era preciso que alguém controlasse o impulso dos vereadores que não paravam de falar na tribuna da Câmara de São Carlos (SP), nos anos 70.

A solução partiu do então presidente da Casa, Jamir Leôncio Schiavone, que instalou uma lâmpada amarela e outra vermelha para sinalizar ao "nobre edil" que seu tempo de fala havia se esgotado.

A ideia foi pioneira entre as Câmaras do interior, diz um dos vereadores da época, Antonio Carlos Catharino, que até hoje exerce a função naquele Legislativo, pelo PTB.

A luz amarela significava o último minuto de fala; a vermelha, o fim do discurso.

A imprensa na época encarou com humor a iniciativa. Era o "semáforo do plenário", segundo apelido dado pelo extinto jornal "Notícias Populares", do Grupo Folha. A alcunha é citada por Schiavone em suas "Memórias de um Presidente", obra lançada em 2010.

O título do livro, aliás, bem que poderia ser substituído por mais de uma dúzia de outras funções que Schiavone exerceu ao longo da vida.

Além de presidente da Câmara e vereador, foi office-boy, balconista, preparador de flores, radialista, professor do antigo ginásio (e de faculdade) e advogado.

A política, atividade à qual se dedicou por mais tempo, era sua maior paixão. Foi vereador de 1961 a 1983 -desde o início da ditadura (1964-85), sempre pelo MDB, de acordo com seu filho Célio Alberto de Jesus Schiavone.

Já no PMDB, tentou ser prefeito, sem sucesso. Depois, assessorou políticos como Orestes Quércia (1938-2010).

Morreu na quarta (18), aos 77, de aneurisma abdominal. Deixa três filhos e cinco netos.

coluna.obituario@uol.com.br

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