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Currículo prejudica ensino de inglês, dizem escolas

COLABORAÇÃO PARA A FOLHA

O objetivo das escolas não é dar proficiência total no inglês aos alunos, mas garantir que eles tenham contato com a cultura, a estrutura da língua e o vocabulário, diz a Fenep (Federação das Escolas Particulares do País).

O domínio da língua, segundo a entidade, tem de ser buscado fora da escola, já que, como parte de um extenso currículo das escolas, o ensino fica defasado. "Toda hora tem novas disciplinas que a gente tem que oferecer. Então, de fato algumas ficam prejudicadas", diz Amabile Passos, presidente da Fenep.

O programa federal Ciência sem Fronteiras tem sido um incentivo para os alunos estudarem línguas, diz ela.

Segundo Lavaughn John, diretora-assistente do British Council no Brasil, órgão do Reino Unido para relações culturais, os estudantes brasileiros deixam o ensino médio sem ter conhecimento suficiente para prestar exames como o Toefl e o Ielts, exigidos pela maioria das universidades de língua inglesa.

"Muitos alunos do ensino superior prestam os exames britânicos por três vezes seguidas e, quando passam, é 'de raspão'", afirma.

EM BUSCA DA FLUÊNCIA

Lilith Neiman, 25, estudante do último ano de pedagogia da USP, sente na pele o problema. "Já tive que ler texto em inglês, mas não me sinto confiante. Se algum dia eu for prestar mestrado, terei que fazer aulas."

A executiva Estela Marques, 31, conta que fez muitas horas de aula em escolas de idiomas e com professores particulares. Mesmo assim, só conseguiu ficar fluente em inglês morando fora do Brasil.

Além de passar um ano nos EUA, ela ficou outro ano entre Espanha, Itália e Argentina. "Se eu pudesse dar uma dica, diria para morar fora [do país]", afirma.

(AMANDA KAMANCHEK)

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