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Em clima de nostalgia, pais se despedem do Playcenter

Eles levaram os filhos ao local, que fecha amanhã

Adriano Vizoni/Folhapress
Vista do carrossel do Playcenter, iluminado no final da tarde de ontem em São Paulo
Vista do carrossel do Playcenter, iluminado no final da tarde de ontem em São Paulo

DE SÃO PAULO

Pais na faixa dos 30 e 40 anos que passaram boa parte da infância brincando no Playcenter levaram ontem os filhos para conhecer o parque.

Todos os brinquedos apresentavam alguma fila -o Tsunami, por exemplo, com mais de cem pessoas às 17h30- e o clima geral era de nostalgia. Afinal, o parque, que encerra suas atividades amanhã, aos 39 anos de idade, era ponto obrigatório de excursões escolares e familiares de boa parte dos paulistanos.

"Vim pela primeira vez aos seis anos, com minha mãe e minha madrinha. Os shoppings não tinham brinquedos", disse o supervisor de call center Rogério Jofre, 43, que foi ao local com a mulher, dois filhos e um sobrinho.

A dentista Fernanda Esteves, 33, foi com a mãe, a filha, duas irmãs e amigas para se despedir do parque. "Eu quis relembrar minha infância. Minha filha vai fazer seis anos e ainda não conhecia."

Até as 17h, 5.088 ingressos tinham sido vendidos. O parque, que abre das 11h às 19h, tem capacidade para 12 mil.

A memória afetiva dos frequentadores mais exigentes cobrava a presença de brinquedos que sumiram ao longo dos anos, como a Montanha Encantada. Mas ainda estavam lá os tradicionais carrossel, carrinho bate-bate e trem-fantasma, ao lado de outros mais modernos, como a Looping Star (montanha-russa).

O auxiliar de confeiteiro José Roberto Ramos da Silva, 42, um dos funcionários mais antigos, com 16 anos de casa, diz que quando o parque decidiu fechar as portas -para reabrir, em 2013, com outro formato-, avisou aos cerca de 400 funcionários, que ficaram "abismados".

"Eu esperava que eu fosse sair e o parque continuar; nunca imaginei ver ele fechando as portas", disse.

(CRISTINA MORENO DE CASTRO)

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