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Primo Curti (1918-2012)

Especialista em cirurgia pediátrica

ESTÊVÃO BERTONI
DE SÃO PAULO

Cobrar por uma consulta era algo que Primo Curti dizia não saber fazer. Além de considerar-se inapto para o comércio, afirmava que salvar vidas não tinha preço. Por isso, o médico formado na USP em 1945 nunca teve o próprio consultório e sempre trabalhou em instituições públicas.

Paulistano, foi criado, junto com os três irmãos, apenas pela mãe, pois seus pais se separam logo cedo. A família possuiu uma loja de roupas.

No começo da década de 50, já formado, passou dois anos nos EUA, onde fez estágio e especialização em cirurgia pediátrica, em Boston.

Ao retornar ao Brasil, dedicou-se à área. Trabalhou por cerca de 40 anos no Hospital das Clínicas, de onde foi superintendente de 1979 a 1983.

Livre-docente pela USP, deu aulas na instituição. Também atuou em prontos-socorros e dirigiu hospitais municipais antes de se aposentar.

Como lembra a mulher, Nely, professora com quem se casou em 1957, o marido lutou para que a cirurgia pediátrica se tornasse uma especialidade. Doutor Curti, como era chamado, foi autor do primeiro livro sobre o assunto em língua portuguesa. A obra foi publicada no Brasil em 1972.

A família o descreve como um profissional muito centrado em sua atividade e que raramente tirava férias. Era tranquilo, quieto e de fácil convivência, segundo a mulher.

Após se aposentar, chegou a ajudar a filha numa empresa de marketing e produção cultural, na área financeira.

Morreu na quinta (26), aos 93, em decorrência de um infarto. Teve três filhos e cinco netos. A missa do sétimo dia será na quinta, às 10h, na igreja São José, na capital.

coluna.obituario@uol.com.br

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