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Hotel não é responsável por morte de garota, diz advogado

Defensor de funcionários afirma que manutenção do playground era terceirizada

Na hora do acidente, monitor e outra criança também usavam o balanço que desabou, segundo a polícia

MARÍLIA ROCHA
ENVIADA ESPECIAL A ÁGUAS DE SÃO PEDRO

O advogado que representa funcionários do Grande Hotel São Pedro, um hotel-escola do Senac em Águas de São Pedro (a 184 km de São Paulo), afirmou ontem que a manutenção do playground é terceirizada e o hotel não teve responsabilidade no acidente que matou Inês Schaller, 4.

No dia 23, a garota brincava em um balanço quando a viga superior de madeira se soltou e caiu sobre seu tórax. Segundo a perícia, o material estava deteriorado, o que indicaria falta de manutenção.

Ontem, o subgerente do hotel, Felipe Riemma, e o monitor Davi Rodriguez Ruivo Fernandes prestaram depoimento à Polícia Civil. Eles não quiseram falar com a imprensa.

Segundo Cid Vieira de Souza Filho, contratado pelo hotel para representá-los, foram apresentados documentos que comprovam que o serviço de manutenção era feito por empresas terceirizadas -que, diz ele, deveriam ter verificado a situação do equipamento.

"O hotel não tem nenhuma responsabilidade na manutenção. Contratamos empresas terceirizadas, e o parque não foi instalado por uma equipe do hotel", disse Souza Filho. De acordo com o advogado, foram apresentadas notas fiscais desses serviços, inclusive do último, realizado em maio.

Nem ele nem o Grande Hotel informaram o nome das empresas contratadas.

O delegado que investiga o caso, Ricardo de Abreu Fiore, disse que ainda é prematuro apontar os responsáveis pelo acidente. "A polícia não disse que o hotel está isento de culpa nem que a empresa que prestou o serviço vai ser culpada, é preciso apurar."

MONITOR

Segundo ele, no momento do acidente o balanço também era utilizado por outra criança e pelo próprio monitor, mas a viga acertou apenas Inês. Outro recreador foi quem retirou a viga de cima da garota e a levou para o ambulatório do hotel para os primeiros socorros.

O delegado pretende ouvir ainda outros funcionários do hotel e a família da vítima.

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