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Governo fará site para comparar prazos de atendimento de plano Ferramenta vai facilitar ainda outras comparações, como a rede oferecida pela operadora de saúde Ideia é fortalecer a possibilidade de escolha do consumidor; país já tem 47,8 milhões de usuários de planos JOHANNA NUBLATDE BRASÍLIA O governo prepara o lançamento de uma plataforma online que vai permitir ao consumidor brasileiro comparar os prazos de atendimento para consultas, exames e cirurgias praticados pelos planos de saúde. A ferramenta, prevista para setembro ou outubro, também vai facilitar outras comparações entre os planos, como a da rede ofertada. Aproveitando a portabilidade entre operadoras -migração sem carência prevista desde 2009-, a ideia é permitir que o usuário "customize" seu plano, optando por aquele que tem os serviços que mais interessam a ele -mais obstetras ou cirurgiões, por exemplo. Com isso, o governo promete fortalecer a possibilidade de escolha do usuário. "Hoje você tem alguns parâmetros para comparar os planos. Mas não tinha a classificação pelo tempo de espera, o que vai para o portal, especificado pelo produto de cada plano", diz o ministro Alexandre Padilha (Saúde). No site da ANS (Agência Nacional de Saúde Suplementar) já é possível encontrar o ranking de reclamações sobre as operadoras. Consultando por empresa, é possível descobrir a sua classificação, por faixas de pontuação, em quesitos mais gerais, como estrutura e satisfação. No mesmo portal, esses índices deverão ser detalhados e construídos de tal forma a incentivar a comparação entre as diferentes empresas. CRESCIMENTO O ministro diz que a ideia é fornecer informações aos potenciais compradores de planos de saúde e garantir o engajamento dos usuários na fiscalização das operadoras. "Esse é um mercado que cresceu muito sem regras de qualidade de atendimento. E que vai se regulando com essas novas medidas", diz ele. O número de usuários dos planos cresceu 50,6% desde 2003, superando 47,8 milhões. OUTRAS MEDIDAS No mês passado, a ANS anunciou a suspensão da venda de 268 planos de 37 operadoras pelo descumprimento dos prazos máximos de atendimento. Esses prazos foram estabelecidos em 2011 e preveem, por exemplo, o limite de sete dias para o atendimento em consultas básicas e 14 na consulta com especialistas. A aposta do ministro é que, ao mexer no bolso das operadoras, o governo vai alcançar os ajustes necessários. A próxima rodada de monitoramento sobre o cumprimento dos prazos será em outubro. Se as operadoras continuarem não cumprindo os prazos, diz Padilha, outras sanções poderão ser aplicadas. Também em julho, o governo publicou consulta pública para regrar melhor os reajustes nos planos coletivos. Texto Anterior | Próximo Texto | Índice | Comunicar Erros |
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