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Morte por atropelamento cai 10,7% na cidade

No centro, onde campanha de proteção ao pedestre começou, a redução foi de 40%; fiscalização faz um ano hoje

Kassab comemora percentual que, porém, não representa avanço sobre os números da última divulgação

DE SÃO PAULO

As mortes por atropelamento diminuíram 40% na região central de São Paulo e 10,7% em toda a cidade no primeiro ano de multas da campanha de proteção ao pedestre.

Foi na região central que a campanha começou, em maio do ano passado. As multas passaram a ser aplicadas em agosto. A expansão para as outras áreas se deu em setembro.

O percentual foi comemorado ontem pelo prefeito Gilberto Kassab (PSD), durante a divulgação dos números. Porém, não representa avanço em relação à última divulgação, referente ao período de maio de 2011 a março deste ano, quando a queda foi de 44% no centro e de 10% na cidade.

A meta no lançamento da campanha era de redução de 50% das mortes, em toda a cidade, até o fim deste ano.

"A meta foi atingida, porque reduzimos em aproximadamente 50% na região do centro. Agora vamos expandir até essa campanha atingir toda a cidade", disse Kassab.

As mortes já vinham caindo em toda a cidade nos dois anos anteriores, em ritmo menor. Neste primeiro ano de multas, foram 569 mortos, em um total de 6.632 atropelamentos.

Para Flamínio Fichmann, especialista em trânsito, "apesar do esforço, os resultados ainda são discretos".

Ele considera elevado o número de mortos e credita a melhoria na região central à concentração da fiscalização.

O secretário de Transportes, Marcelo Cardinale Branco, disse que o respeito aos pedestres cresceu, já que era de "praticamente 0% há um ano" -hoje é de 31,6%, conforme a Folha mostrou ontem.

O ombudsman da CET, Philip Gold, aponta falta de pintura das faixas e má conservação de calçadas, além da demora da CET para se voltar ao pedestre, mas avalia o primeiro ano de campanha como positivo -e diz que ela deve ser intensificada, mas não só na área central.

(CRISTINA MORENO DE CASTRO E ANDRÉ MONTEIRO)

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