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Anna Apparecida Camillo (1922-2012)

Mãe Anita, 63 anos de voluntariado

ANDRESSA TAFFAREL
DE SÃO PAULO

Anna Apparecida Camillo teve apenas duas filhas -Luzia e Lourdes-, mas dezenas de crianças, adolescentes e adultos lhe chamavam de mãe. Para todos esses, ela era a mãe (ou tia) Anita.

Durante 63 anos, Anita trabalhou como voluntária da Associação Beneficente Cristã de Bauru (SP), que abriga idosos e órfãos. Lá, fazia de tudo: resolvia problemas administrativos, cuidava das crianças, dava conselho.

Tornou-se voluntária aos 26 anos, poucos meses após ficar viúva de Antonio Camillo. Virou o braço direito do fundador Sebastião Paiva.

Aprendeu até a dirigir para poder ajudar a entidade. Primeiro, andava com um jipe; depois, ia de Kombi resolver o que lhe pedissem.

"Ela era muito dedicada. Entrava às 7h e saía só as 19h, 19h30. Não tinha sábado, domingo ou feriado, todos os dias ela ia para lá. E trabalhava com amor, recebia todas as pessoas com muito carinho", conta a filha Lourdes.

Apesar de conversar muito com todos que frequentavam a associação, era reservada quando se tratava de sua vida pessoal. Não gostava de falar sobre sua viuvez nem mesmo com as filhas.

Parou de trabalhar em janeiro por causa de um tratamento de saúde. Morreu na sexta-feira (3), após complicações em uma cirurgia de apendicite. Tinha 90 anos.

Deixa as filhas, os genros, quatro netos e cinco bisnetos.

A missa do sétimo dia será hoje, às 19h, na Catedral do Divino Espírito Santo, em Bauru, cidade onde ela vivia desde os 12 anos, após deixar Santa Rita do Passa Quatro (SP) com os pais e os irmãos.

coluna.obituario@uol.com.br

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