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Promotoria pede interdição de parque 'contaminado'

Segundo laudo, parte da área do parque Leopoldina Villas-Bôas está poluída

Para promotor, situação ameaça a saúde dos frequentadores; prefeitura afirma que não existe risco

DE SÃO PAULO

A Promotoria do Meio Ambiente pediu o fechamento do parque municipal Leopoldina Villas-Bôas, na zona oeste de São Paulo. O motivo é que parte da área, segundo laudo que consta do processo, está contaminada.

"Há a suspeita de que a contaminação possa atingir todo o parque", afirmou o promotor José Eduardo Lutti, que pediu a interdição do parque até que a prefeitura e a Sabesp, antiga dona do terreno, solucionem a questão.

Aberto em janeiro de 2010, o parque tem 55 mil m² e funciona na área que serviu como estação de tratamento de esgoto e oficina de manutenção dos veículos da Sabesp (companhia de saneamento de São Paulo) de 1959 e 1989.

O parecer técnico do Departamento de Controle da Qualidade Ambiental da Secretaria do Verde e do Meio Ambiente, um órgão municipal, concluiu que a área está poluída por lodo de esgoto, metais pesados e outros produtos químicos cancerígenos.

Para a Promotoria, a contaminação ameaça a saúde dos frequentadores. Segundo Lutti, três pessoas relataram ter passado mal após ir ao parque.

"O ideal é que hoje ninguém frequente o parque. Mas, se isso não for possível, deve-se evitar entrar em contato com água e se aproximar das tubulações, pois já foi confirmando que nelas há gás metano."

ÁREA ISOLADA

Após a desativação dos prédios da Sabesp, o local virou clube de servidores da estatal e foi, depois, cedido à prefeitura para dar lugar ao parque, inaugurado pelo prefeito Gilberto Kassab (PSD) e pelo então governador José Serra (PSDB) em 2010.

Desde 2009, o Ministério Público estava tratando com a prefeitura uma solução. Como isso não ocorreu, o promotor decidiu entrar, no início de julho, com uma ação pedindo fechamento do parque.

A informação sobre a ação foi publicada ontem pelo jornal "O Estado de S. Paulo".

OUTRO LADO

Procurada, a secretaria não disponibilizou um representante para falar com a Folha. Limitou-se a informar que foi notificada ontem e que se manifestaria em até 72 horas.

À rádio CBN o chefe de gabinete da pasta, Carlos Fortner, disse que a área contaminada está isolada e, por isso, não há risco ao público.

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