Empresária vai ao Rio e aparece morta em favela

Dois empresários de São Paulo foram de avião para o Rio de Janeiro no último dia 5 e desapareceram após o desembarque no aeroporto Santos Dumont.

O corpo de Mônica Petti, 38, morta com pauladas na cabeça, foi achado três dias depois na favela de Vigário Geral (zona norte do Rio) e reconhecido por um primo dela.

Um corpo carbonizado achado no mesmo dia, também em Vigário Geral, pode ser do sócio dela, Fernando Marcionílio dos Anjos, 42.

A mulher dele, a consultora jurídica Sandra dos Santos Santana, 34, que viajou ao Rio no último dia 8, não reconheceu o corpo.

O resultado de exame de DNA é aguardado para comprovar ou não a identidade. O corpo, segundo policiais paulistas, tinha parte de tíquete de estacionamento no bolso.

De acordo com a Polícia Civil, os dois chegaram ao aeroporto de Congonhas, na zona sul de São Paulo, cada um num Toyota Corolla. Os veículos foram deixados no estacionamento do aeroporto, às 10h.

Eles embarcaram para o Rio às 11h, em um voo da TAM. No Santos Dumont, foram filmados por câmeras de segurança caminhando de mãos dadas. Depois, não foram mais vistos.

Eles iriam ao Jockey Club da Gávea assistir ao Grande Prêmio Brasil. Petti teria cavalos de corrida.

A Delegacia de Homicídios do Rio de Janeiro tenta refazer o caminho do casal.

De acordo com a polícia paulista, Anjos é dono de máquinas caça-níqueis, e a Prime Office Serviços de Digitação, em sociedade com Petti, é de fachada e usada para lavar dinheiro. Ninguém da empresa foi encontrado para comentar a acusação.

Para a polícia, Anjos, que já teve lojas de automóveis, pode ter contrariado interesses de outras pessoas no Rio ou em São Paulo.

No último dia 14 de fevereiro, ele foi ferido com cinco tiros na zona sul de São Paulo.