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No pico, protesto chega a deixar 4.000 pessoas na fila em Cumbica

Manifestação terminou às 22h30, bem depois da decisão judicial que considerou operação ilegal

Protestos também afetaram outros aeroportos ao longo do dia, como os de Brasília, Curitiba e Manaus

DE SÃO PAULO
DE BRASÍLIA
DE CURITIBA
DE MANAUS

A combinação de cerca 9.800 passageiros de voos internacionais para embarcar e a operação-padrão da Polícia Federal travou entre 17h e 22h30 o aeroporto de Cumbica, ontem, em Guarulhos.

No pico, havia cerca de 4.000 pessoas nas filas. A espera de passageiros para embarcar superava duas horas.

As filas dos terminais chegaram a se cruzar, algo que não aconteceu nem no apagão aéreo de 2006, disse um executivo da Infraero, que administra o aeroporto.

Passageiros ficaram irritados com a PF. A exemplo da quinta-feira passada, os policiais federais decidiram revistar um a um os usuários que embarcavam para o exterior, trabalho normalmente feito por amostragem. Havia mais de 400 policiais, contra 120 de um dia normal, segundo o sindicato da categoria.

"Acabei de vir de Belo Horizonte. Lá tinha fila, mas essa aqui é incomparável", disse o engenheiro Celso Barcelos, 32, que pegaria um voo para Detroit (Estados Unidos). À frente dele havia mais de mil pessoas, de acordo com um funcionário da Infraero.

No início da noite, a PF passou a permitir que passageiros com voos prestes a sair passassem à frente. Na quinta-feira passada, os policiais não haviam aberto essa exceção, o que levou pessoas a perderem os seus voos.

Segundo a Infraero, até as 21h, cerca de 18% dos voos internacionais atrasaram -um em cada seis. Na semana passada, o índice superou 30%.

Funcionários da Infraero atribuíram o índice menor a dois fatores: ao fato de passageiros terem chegado mais cedo, por saber da operação, e em razão de os agentes terem passado à frente passageiros com voos prestes a sair.

BRASÍLIA

No aeroporto Juscelino Kubitschek, em Brasília, a fila para o embarque internacional chegou a dar volta no andar superior do aeroporto.

Além da demora para o embarque, a emissão de passaportes no local foi cancelada.

De acordo com a Infraero, quase 20% dos voos na capital federal sofreram atraso.

O aeroporto Afonso Pena, de Curitiba, foi um dos mais atingidos pelo protesto: 47% dos voos estavam atrasados.

Em Manaus, havia cerca de 500 pessoas na fila ao meio-dia. O pedagogo Sérgio Monteiro, 55, que tinha viagem marcada para Fortaleza, protestou. "Já viajei cinco vezes este ano e não há fiscalização. Agora que querem aumento estão fiscalizando."

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