Índice geral Cotidiano
Cotidiano
Texto Anterior | Próximo Texto | Índice | Comunicar Erros

Sonia Machado de Campos Dietrich (1935-2012)

Uma vida dedicada à ciência

ANDRESSA TAFFAREL
DE SÃO PAULO

Quando adolescente, Sonia Machado de Campos Dietrich era conhecida na família como "a inteligente" -a prima que iria para a faculdade em vez de se casar cedo, como fazia a maioria das mulheres naquela época.

E assim foi. Ao ingressar no curso de história natural da USP, deu o primeiro passo para se tornar umas das pesquisadoras mais importantes do país em botânica, com um extenso currículo.

Defensora da publicação científica, alcançou o mais alto título dado a um pesquisador no Brasil: o sênior.

Integrou inúmeras comissões e conselhos da área, nacionais e estrangeiros. Entre os prêmios e títulos que recebeu está o de comendador da Ordem do Mérito Científico da Presidência da República.

Se aposentou pelo Instituto de Botânica, mas "apenas no papel", como conta o professor da USP Marcos Buckeridge, que diz ter se tornado cientista por causa de Sonia.

Além dele, ela orientou centenas de estudantes da Unifesp (Federal de São Paulo), Unicamp e USP. Criou a pós-graduação em biodiversidade vegetal e meio ambiente do Instituto de Botânica.

Em casa, era conhecida por sua perseverança -há 20 anos, enfrentou um linfoma.

A generosidade era outra característica marcante, diz a família. Filha única e órfã de pai desde os dois anos, gostava de ajudar, mas também "puxava a orelha" quando achava necessário.

Morreu de infarto na sexta-feira (10), aos 77 anos. Deixa três filhos e seis netos.

A missa do sétimo dia será hoje, às 19h30, na paróquia São Francisco de Assis, Vila Clementino, São Paulo.

coluna.obituario@uol.com.br

Texto Anterior | Próximo Texto | Índice | Comunicar Erros


Copyright Empresa Folha da Manhã S/A. Todos os direitos reservados. É proibida a reprodução do conteúdo desta página em qualquer meio de comunicação, eletrônico ou impresso, sem autorização escrita da Folhapress.