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Moema Augusta de Freitas Borges (1941-2012)

A decoradora e seus conselhos

ANDRESSA TAFFAREL
DE SÃO PAULO

Contratar a decoradora Moema Augusta de Freitas Borges era garantia de boa reforma dentro de casa e também de bons conselhos sentimentais e profissionais.

"Ela geralmente ficava amiga dos clientes, ajudava-os até psicologicamente", conta a filha, Ana Flavia.

Apesar de apaixonada pelo trabalho, fazia questão de não estender o expediente. Todos os dias, por volta das 18h, anunciava, brincalhona: "Estou de férias!".

Aproveitava então para ir ao cinema ou ao teatro. Uma vez por semana, pelo menos, o descanso incluía também uma ida à Sala São Paulo.

Natural de Uberlândia (MG), Moema veio para a capital paulista estudar história influenciada pelo pai, um historiador nato, que conversava com ela sobre tudo. Da mãe, adquiriu o gosto pela leitura e pelas artes.

Na faculdade, conheceu o conterrâneo Saleh Aziz Badue. Largou a graduação para se casar com ele em 1962. Anos depois, divorciaram-se.

Também se formou em direito pela PUC-SP, mas nunca exerceu a advocacia.

Desde jovem, defendia os direitos das mulheres e que elas ocupassem seu espaço no mercado de trabalho.

Confidente das sobrinhas, gostava de conviver com pessoas mais jovens, especialmente em viagens, quando "cansava todo mundo de tanto caminhar", segundo a filha.

Considerada pela família uma mulher generosa, acolhia em sua casa os parentes que vinham de outras cidades.

Morreu no último dia 9, aos 71 anos. Além de Ana Flavia, deixa os filhos Gustavo e João Pedro, a mãe, Maria Augusta, irmãos e sobrinhos.

coluna.obituario@uol.com.br

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