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Após três meses, professores da UnB encerram paralisação

Docentes do campus Guarulhos da Unifesp também deixaram greve

FLÁVIA FOREQUE
DE BRASÍLIA

Os professores da UnB (Universidade de Brasília), uma das maiores instituições federais do país, decidiram ontem encerrar a greve da categoria, iniciada há três meses.

Com placar apertado, os docentes optaram por voltar às salas de aula já na próxima semana: foram 130 votos a favor do encerramento da greve, 115 contra e 13 abstenções.

De acordo com a ADUnB (associação dos docentes da UnB), o prejuízo já provocado no calendário acadêmico estimulou a decisão.

A paralisação começou antes da conclusão do primeiro semestre letivo.

Professores de outras três universidades também já decidiram pelo fim da greve: UFSCar (São Carlos), UFRGS (Rio Grande do Sul) e a Federal de Ciências da Saúde de Porto Alegre. Parte dos docentes da UFSC (Federal de Santa Catarina) teve a mesma decisão.

Anteontem, foi a vez dos professores do campus de Guarulhos da Unifesp (São Paulo) decidirem pelo fim da greve, após mais de dois meses e meio. A data para a retomada das aulas, no entanto, não foi decidida.

A paralisação dos professores começou no final de maio, mas a unidade de Guarulhos não tem aulas desde o final de março, quando uma greve estudantil começou. A paralisação dos alunos, que reivindicam, entre outras coisas, melhor infraestrutura, permanece, e haverá assembleia na próxima quinta-feira para definir se ela continua.

O Andes (Sindicato Nacional dos Docentes das Instituições de Ensino Superior) diz que a greve continua fortalecida. "[A saída de docentes de algumas universidades] Faz parte da conjuntura de uma greve forte e razoavelmente longa como essa", diz o diretor Josevaldo Cunha.

Ele lembra que a maior parte das instituições que saíram da greve é ligada ao Proifes (Federação de Sindicatos de Professores de Instituições Federais de Ensino Superior), única entidade que concordou com a oferta do governo.

O Sinasefe (Sindicato Nacional dos Servidores Federais da Educação Básica, Profissional e Tecnológica), outra entidade que participou das negociações, encerradas há duas semanas, rediscute na próxima semana a oferta do Ministério do Planejamento.

"É uma tentativa de se restabelecer negociações. O que o governo está dizendo é: essa é a única chance que existe", diz Gutenberg de Almeida, coordenador-geral do Sinasefe.

A proposta para a categoria prevê reajustes entre 25% e 40% nos próximos três anos. O impacto nos cofres públicos seria de R$ 4,18 bilhões.

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