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Madalena Gianocaro Batelli (1934-2012)

Tia Nena, 'mamma' de São Vito

ANDRESSA TAFFAREL
DE SÃO PAULO

Os pais nasceram na Itália, e ela foi criada no Brás, um dos bairros mais italianos de São Paulo. A influência era tanta que Madalena Gianocaro Batelli não teve como fugir do estereótipo: acabou se tornando "mamma" da tradicional Festa de São Vito, santo de quem era muito devota.

"Era 'mamma' até na aparência. Grande, gorda, de quadril largo, como uma típica 'mamma' italiana", brinca o sobrinho Hercílio Benassi.

Sempre alegre, não perdia o bom humor nem durante os meses de maio e julho, quando se dedicava integralmente aos preparativos da festa. Tia Nena, como era conhecida, adorava a agitação e a música ao vivo da comemoração.

Foram cerca de quatro décadas como voluntária -neste ano, foi realizada a 94ª edição do evento. Primeiro, na preparação de antepasto, uma de suas especialidades culinárias. Depois, na famosa barraca da fogaça.

Quando não estava às voltas com a comunidade, dedicava-se ao marido, Hermen, de quem ficou viúva no ano passado, e aos dois filhos, Margarete e Eduardo. Tinha ainda três netas e um bisneto.

Para eles e os outros familiares, gostava de fazer salada de berinjela e espaguete à putanesca, entre outros pratos.

Só deixava o Brás nas férias de janeiro, quando ia descansar na praia do Embaré, em Santos, litoral paulista.

Em abril, descobriu um câncer de útero. No começo de julho, durante a última semana da Festa de São Vito, precisou fazer uma cirurgia.

Enfraquecida pela doença, morreu na sexta-feira (17), aos 77 anos, de infarto. A missa do sétimo dia será hoje, às 19h30, na igreja de São Vito.

coluna.obituario@uol.com.br

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