Para driblar o tempo de espera, smartphone e cachaça

Enquanto sua vez não chega, o jeito é recorrer a passatempos. Segundo pesquisa do Ibope, 84% dos moradores das metrópoles brasileiras elegeram as filas como o lugar preferido para acessar a internet pelo celular -na vice-liderança vem o banheiro.

"Antes de ter smartphone, evitava restaurante com fila", conta Kiko Costato, diretor de TV. "Agora, checo e-mails, espio o Twitter. Estou parado, mas a vida continua."

Os estabelecimentos tentam criar alternativas para "encurtar" o tempo de espera. No restaurante Mocotó, rola até uma cachacinha de cortesia, segundo o gerente Ricardo Lima. Na casa, são necessários quatro garçons para servir apenas ao pessoal da espera. O Mocotó não trabalha com reserva.

Outro que testa a paciência dos clientes é o Spot, na região da Paulista, onde sete funcionários são escalados para trabalhar na (grande) área de espera.

"Não é a proposta da casa, mas tem muitos habitués que vêm só para beber do lado de fora. Virou point", diz Renê Italo, gerente do período da noite. "Estou aqui há mais de dez anos. Testemunhei três casamentos de gente que se conheceu na nossa fila."

E AINDA TEM MADONNA

A depender da agenda cultural paulistana, as filas devem ser ainda maiores nos próximos meses. Entre 7/9 e 9/12, acontece a 30ª Bienal das Artes, evento que costuma reunir muita gente no Ibirapuera. Segundo a assessoria de imprensa, historicamente, é raro haver filas de mais de 20 minutos.

Outro evento disputadíssimo com longas filas é a Mostra Internacional de Cinema.

Sua 35ª edição começa em 21/10 e segue até 3/11, arrastando uma multidão.

A produção alega que as filas acontecem "apenas" no primeiro dia de venda dos ingressos. A conferir.

Tem mais. Há três megashows e um festival até dezembro: Planeta Terra (20/10), Robert Plant (21/10), Lady Gaga (11/11) e Madonna (4/12). E então, vai encarar?