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Empresário agiu como criminoso, dizem PMs

Perseguição na zona oeste resultou em morte

DE SÃO PAULO

Os três policiais militares investigados pela morte do empresário Ricardo Prudente de Aquino em 18 de julho, na zona oeste de São Paulo, disseram que ele morreu porque agiu como um criminoso.

A declaração foi feita ao site de notícias "G1" em entrevista gravada na mesma sala do Comando-Geral da PM em que oficiais da corporação costumam fazer seus pronunciamentos oficiais.

O cabo Adriano Costa da Silva e os soldados Robson Tadeu do Nascimento Paulino e Luís Gustavo Teixeira Garcia disseram que dispararam sete vezes contra Aquino porque ele estava fugindo de uma abordagem.

"Ele adotou quase todos os procedimentos que um criminoso em fuga adota. Não obedeceu ordem de parada, quase atropelou pedestres que estavam na via, passando em alta velocidade em lombadas, em depressões, entrando em curvas em alta velocidade. Enfim, fez de tudo para fugir até o último minuto", afirmou o cabo Adriano.

Os policiais pediram perdão aos familiares da vítima. Disseram ainda que os tiros aconteceram porque Aquino jogou o carro para cima do cabo Adriano e porque o empresário fez um movimento brusco com um objeto na mão, que parecia ser uma arma. Na realidade, era um celular.

Os PMs respondem à ação de homicídio em liberdade.

O advogado da família do empresário, Cid Vieira de Souza, disse que a versão dos policiais é inconsistente. "Temos imagens de 15 câmeras de segurança que mostram que nem perseguição teve."

Segundo ele, as declarações causaram indignação.

Há dez dias, a Folha tenta entrevistar os três policiais, mas não o Comando da PM não os autorizou a falar.

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