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Eduardo Koaik (1926-2012)

Dom Eduardo, o bispo da caridade

ANDRESSA TAFFAREL
DE SÃO PAULO

Era 1938. O garoto Eduardo Koaik ingressava no Seminário Arquidiocesano de São José, no Rio, com a intenção de se tornar sacerdote. Foi também quando conheceu aquele que, talvez, tenha sido o seu melhor amigo por toda a vida: Carlos Heitor Cony.

Após oito anos, formados em filosofia, os dois jovens seguiram caminhos diferentes. Eduardo foi para Roma estudar teologia na Pontifícia Universidade Gregoriana; Cony tornou-se jornalista.

De volta ao Rio, ajudou a esconder o amigo, perseguido pela ditadura militar.

"O Eduardo tentou fazer com que eu voltasse a ter fé, sempre sem brigas. Não conseguiu, mas isso nunca interferiu na nossa amizade. A pedido dele, no entanto, deixei de escrever ou citar que era agnóstico", conta Cony, que também é colunista da Folha.

Nascido em Manaus, Eduardo mudou-se para o Rio com a família ainda pequeno, após a morte do pai.

Deixou definitivamente a cidade maravilhosa em 79, ao ser transferido para Piracicaba (SP), onde passou o restante da vida. Esteve à frente da diocese por cerca de duas décadas, até completar 75 anos e tornar-se bispo emérito.

Tinha como lema episcopal "Construir na caridade". De 1979 a 1983, presidiu a Cáritas Brasileira, entidade de ação social da Igreja Católica, além de desenvolver trabalhos nas pastorais do interior paulista. Foi responsável pela construção de igrejas em São Paulo e no Rio.

Morreu no sábado (25), aos 86 anos, vítima de um câncer que enfrentava desde 2007. A missa do sétimo dia será às 19h30 de hoje, na Catedral Santo Antônio de Piracicaba.

coluna.obituario@uol.com.br

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