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Para ministério, professores em greve querem 'confronto'

Secretário de Ensino Superior diz que não há razão para paralisação

FLÁVIA FOREQUE
DE BRASÍLIA

A continuidade da greve dos professores das universidades federais tem como único objetivo a "necessidade de marcar posição contra o governo". A avaliação é do secretário de Ensino Superior do Ministério da Educação, Amaro Lins.

Ele ressalta que o governo já encaminhou ao Legislativo o reajuste dado à categoria e que está encerrado o prazo de negociação com os servidores públicos federais.

"Não existe nenhuma razão [...] que justifique a continuidade desse movimento. Qual é a motivação que o sindicato tem? Eu só consigo perceber querer algum confronto", afirmou Amaro em entrevista à Folha.

A greve dos docentes completa hoje 107 dias e ainda não há prazo definido para o fim do movimento. Das 59 universidades, a estimativa é que 50 ainda estejam paradas.

Nas últimas semanas, ao menos sete universidades decidiram encerrar a paralisação -entre elas, a UFRJ (Universidade Federal do Rio de Janeiro), que decidiu ontem.

As instituições paradas são ligadas ao Andes, entidade de maior representatividade na categoria e que recusou a oferta do governo.

O Proifes foi a única entidade a aceitar a proposta, que prevê reajustes entre 25% e 40% nos próximos três anos.

O aumento será concedido a todos os docentes. Os índices diferem da média oferecida à grande maioria dos servidores públicos -15,8%.

"A sorte é que teve um sindicato que teve o bom senso de negociar. Se não houvesse isso, toda a categoria não teria aumento", disse Amaro.

A volta à normalidade já é esperada nos institutos federais tecnológicos. A entidade que representa esses docentes recomendou uma "saída unificada" da greve. Dos 38 institutos, 34 foram afetados.

"O governo tem virado as costas a questões estruturais da educação", disse Luiz Henrique Schuch, do comando nacional de greve do Andes.

AGÊNCIAS

O sindicato que representa servidores das agências reguladoras divulgou nota em que recomenda à categoria que retorne ao trabalho na segunda.

Sem aceitar a oferta do governo, eles não terão nenhum aumento em 2013.

Farmácias e hospitais disseram ter faltado produtos e medicamentos por causa da greve. O Ministério da Saúde negou que a paralisação tenha causado desabastecimento.

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