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José Carlos dos Santos (1949-2012)

Ruço, autor do gol na invasão do Maracanã

LUCAS REIS
DE SÃO PAULO

No gramado encharcado do Maracanã, a cabeleira avermelhada de Ruço, o volante que não deixou Rivellino jogar e ainda marcou um gol histórico, tornava-se símbolo imortal do Corinthians.

José Carlos dos Santos, o Ruço (com ç mesmo, pois só é russo quem nasce na Rússia, explica a mulher, Rita dos Santos), não era o craque do time, mas vestia a camisa 10.

Na tarde de 5 de dezembro de 1976, semifinal do Campeonato Brasileiro, 70 mil corintianos invadiram o Maracanã. Tempos difíceis, de duas décadas sem conquistas.

Aos 10min, conta a Folha do dia seguinte, Ruço levou um cartão amarelo por "entrada com virilidade" no craque do Fluminense. O time carioca abriu o placar, mas Ruço empatou com uma meia bicicleta, um golaço.

Nos pênaltis, o 10 ainda marcou o dele e o Corinthians eliminou o Flu, mas no domingo seguinte a empolgação corintiana não conseguiu bater o Internacional de Falcão.

O jejum continuou, até o ano seguinte. Ruço participou do título histórico: campeão Paulista de 1977, ele era o volante do time do Basílio, Zé Maria, Geraldão e Romeu.

Ruço estreou pelo Corinthians dois anos antes. Fez, ao todo, 200 jogos. Carioca, começou no Madureira; mudou-se com a mulher para São Paulo, no Tatuapé, bem perto do Corinthians.

Era duro em campo, mas jogava beijos à torcida a cada gol -pelo Corinthians, fez 22. Parou de jogar nos anos 1980 e abriu um bar com os amigos no Irajá, no Rio, onde vivia desde 1981.

Morreu no sábado, aniversário do Corinthians, vítima de um AVC, aos 63 anos.

coluna.obituario@uol.com.br

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