Polícia pede a prisão de 8 suspeitos de chacina

A Polícia Civil pediu ontem a prisão temporária por 30 dias de oito suspeitos de envolvimento na morte de seis jovens na favela da Chatuba, em Mesquita, Baixada Fluminense.

Os corpos dos adolescentes foram achados na segunda-feira, às margens da via Dutra, com sinais de tortura. Eles estavam desaparecidos desde sábado, quando deixaram suas casas no município vizinho de Nilópolis para ir a uma cachoeira perto da favela.

Entre os suspeitos está um dos 19 detidos com entorpecentes durante a operação policial iniciada na segunda em reação às mortes. Além dos seis jovens, um pastor e um cadete da PM também foram assassinados na região. Outro jovem continua desaparecido.

Segundo o delegado Júlio da Silva Filho, da 53ª DP (Mesquita), Daniel Dias Cerqueira dos Santos, 23, foi reconhecido por parentes de vítimas como integrante do grupo de traficantes que impediu a tiros a entrada de familiares na favela em busca dos jovens. Santos nega pertencer ao tráfico e não possui antecedentes criminais.

"Ele estava com um radinho dando informação para os comparsas. Ele determinou que atirassem contra as pessoas e eles atiraram, mas felizmente não atingiram ninguém", disse o policial.

Santos afirmou que as 19 trouxinhas de maconha apreendidas em sua casa são de um traficante que estava escondido ali e conseguiu fugir.

Entre os outros suspeitos que tiveram a prisão solicitada está o homem apontado como chefe do tráfico da Chatuba, Remilton Moura da Silva Junior, 30. O nome dos demais não foi revelado.

UPP

Ontem, a Secretaria de Segurança divulgou vídeo no qual o titular da pasta, José Mariano Beltrame, diz que a Baixada Fluminense será contemplada pela instalação de UPPs (Unidades de Polícia Pacificadora). Mas ele ressaltou que isso exige planejamento.