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Análise

Como nos anos 80, entrar como turista é hoje o método preferido

LUCIANA COELHO
DE WASHINGTON

A menos de 300 km da costa da Flórida, as Bahamas são identificadas pelo Departamento de Estado dos EUA em relatório recente de segurança como "rota antiga de contrabando de armas, tráfico de drogas e imigração ilegal".

Para os brasileiros que buscam entrar ilegalmente em território americano, porém, o trajeto é novidade.

Dos anos 1990 à primeira metade dos anos 2000, o que explodiu foi a rota mexicana, na qual os imigrantes pagavam a "coiotes" para conduzi-los pelo deserto até os EUA.

Mas a intensificação do policiamento e a exigência de visto americano ou mexicano para entrar no México fizeram com que ele fosse preterido, sobretudo com o aumento da violência do narcotráfico na fronteira norte do país.

O método preferido voltou a ser o dos anos 1980: viajar como turista e permanecer após o vencimento do visto.

Com a crise econômica que eclodiu em 2008, porém, o número de brasileiros ilegais nos EUA diminuiu. Não há dados oficiais, mas os postos consulares brasileiros relatam um êxodo sobretudo na Flórida e na Geórgia, onde a migração é mais recente do que no norte.

Esse movimento também foi detectado pelo Departamento de Estado, que, interessado nos altos gastos dos turistas brasileiros, tem facilitado a emissão de vistos.

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