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Estabilidade do crime na América é 'horrível', diz OEA

DE WASHINGTON

Um recorte das estatísticas criminais dos últimos dez anos nas Américas mostra uma "estabilidade horrível", segundo o editor do relatório da OEA.

Apesar da redução de homicídios em países como Colômbia e Brasil, os índices saltaram no México, no Peru e na América Central, mostrando que a falta de política de segurança conjunta fez com que o crime organizado se deslocasse em vez de ser inibido.

O número de homicídios por 100 mil habitantes no continente passou de 16,4 em 2000 a 15,6 em 2010 -redução marginal, conforme o relatório. A média global foi de 6,9 em 2010.

Para Luiz Coimbra, editor do documento, a falta de coordenação regional, apenas incipiente, e de investimento planejado ("alguns países estão investindo às cegas") faz com que o crime "migre de uma região ou de um país para outro" atrás de novos mercados.

Segundo ele, as Américas têm o maior índice de mortes decorrentes do crime organizado, explícito pelo alto percentual de mortes de homens jovens (36%) e de homicídios com armas de fogo (75%).

"É um processo da última década na região, e é um fenômeno que ameaça o Estado", disse à Folha.

Coimbra sugere investir em treinamento conjunto, troca de experiências e informações e de levantamento de dados para conter o problema.

(LC)

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