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Alunos fazem quebra-quebra em escola de SP

Eles se recusaram a voltar para as aulas e atearam fogo a sala de colégio que tem 117 anos

DO “AGORA”

Alunos depredaram anteontem a Escola Estadual São Paulo, no parque Dom Pedro, no centro de São Paulo, e colocaram fogo em uma sala. Assustados, estudantes saíram em disparada. Chamada para conter o tumulto, até a PM levou pedradas.

A escola vai completar 118 anos no dia 16 de setembro. Fundada em 1894, foi o primeiro colégio da cidade e referência nacional no ensino secundário por muito tempo. Ao longo de sua história, foram educadas ali personalidades como o ex-governador Carvalho Pinto, o jornalista Vladimir Herzog e o escritor da Academia Brasileira de Letras Orígenes Lessa.

Os alunos fizeram um "diário" no Facebook no começo do mês para denunciar problemas na estrutura do prédio. Eles postaram fotos de buracos, salas sem portas, vidraças e móveis quebrados e banheiros sem vasos.

"A escola perdeu o controle, todo dia tem briga e algum ato de vandalismo", relata a autônoma Mara Moreira, 49.

Segundo estudantes, o tumulto começou por volta das 17h30, no intervalo entre as duas últimas aulas da tarde.

Turmas do 6º e do 7º ano, que estavam no pátio por causa de uma aula vaga, teriam se recusado a voltar para as salas e começaram a atirar pedras nas vidraças.

"Todo mundo saiu correndo das salas com medo de ser atingido", conta Mariana Fernandes, 14, aluna do 8º ano. Na saída, outros estudantes se juntaram aos que jogavam pedras. "Vim buscar minha filha e a encontrei correndo, chorando. Os estudantes gritavam que havia rebelião", relata a feirante Rosineide Maria da Silva, 33.

A DRE (Diretoria Regional de Ensino) analisou ontem imagens do circuito interno da escola. Os pais dos alunos identificados devem pagar pelos danos, diz o órgão.

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