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Fui chamada até de cafetina; não apoio, mas estou com ela, diz mãe

DE SÃO PAULO

No início, a mãe de Catarina achou que a participação da jovem em um leilão da virgindade fosse brincadeira.

"Não achei que ela fosse levar a sério", afirma a mãe, que pede para não ser identificada para preservar a família.

Ela conta que tentou conversar com a filha sobre o assunto. "Eu falava para ela: pensa bem, você está mesmo a fim de fazer isso? Eu nunca falei: vai. E não posso falar: não, não vai. Mas, no fundo, não gostaria que ela fosse."

A mãe, que mora em Itapema, no litoral de Santa Catarina, diz ainda respeitar a decisão da filha. E afirma que tenta relevar as críticas.

"Não achei que fosse ter a importância que teve. Já me chamaram até de cafetina. Não apoio a decisão, mas estou junto com ela porque a amo incondicionalmente. Eu sei que ela é uma boa pessoa. Sempre falo: filha, você não é obrigada a nada. Ela fala: mãe, fica tranquila", conta.

Segundo a mãe, a filha, que é tímida e adora ler, sempre teve a intenção de ajudar o próximo. "Ela tem uma causa. Eu não sei como ela vai fazer [o projeto para construção de casas], mas sei que, quando ela quer, ela faz."

Para a psicanalista Regina Navarro Lins, autora de livros sobre amor e sexo, comercializar o próprio corpo é um direito. "Não vejo problema nenhum. O que acho espantoso é ainda existirem homens dispostos a pagar para romper um hímen", afirma. (NATÁLIA CANCIAN E FELIPE LUCHETE)

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