Domingo no parque tem livros para 'adoção'

Passear pelo Villa-Lobos hoje pode ser uma boa oportunidade para encontrar Erico Verissimo, Rachel de Queiroz e até o argentino Jorge Luis Borges em algum banco do parque.

No último domingo de cada mês, livros desses e de muitos outros escritores aguardam para serem "adotados" por quem passa pelo lugar.

Doadas por frequentadores do parque da zona oeste de São Paulo, as obras podem ser lidas ali mesmo ou então levadas para casa.

A proposta, porém, é que não ganhem um lar definitivo. "O compromisso é 'libertar o livro' de novo: no próprio parque um outro dia, em lugar público, ou passar para um vizinho. O negócio é não ficar com ele na prateleira", afirma Lúcia Manzochi, uma das responsáveis pelo programa.

CLÁSSICOS E MANGÁS

Na edição de setembro do Livro de Rua -como é chamado o projeto, que existe desde abril do ano passado-, 120 volumes serão espalhados por cinco dos pontos mais frequentados do parque, como o anfiteatro e os parquinhos para crianças.

Para agradar a todas as idades, os gêneros são os mais diversos: clássicos da literatura brasileira e estrangeira, infantojuvenis, espíritas e mangás são alguns deles.

Se chover, as obras estarão disponíveis no Espaço Vida, uma casinha amarela que fica no meio do parque.

O Villa-Lobos abre às 5h30, mas os livros só começam a ser "libertados" a partir das 8h30. Eles ficam pelo parque até o fechamento dos portões, às 19h, ou até que todos sejam "adotados".

Quem quiser também pode doar livros para o projeto. Os volumes devem ser entregues no prédio da administração do Villa-Lobos, das 8h às 18h, inclusive durante os finais de semana.