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Cyro de Barros Rezende Filho (1949-2012)

Historiador que pesquisava guerras

ESTÊVÃO BERTONI
DE SÃO PAULO

Quando criança, Cyro de Barros Rezende Filho brincava com seus soldadinhos de chumbo, dividindo-os entre os Aliados e as tropas do Eixo. Ao crescer, foi pesquisar sobre guerras e até escreveu "Rommel: a Raposa do Deserto", sobre o general alemão.

Formou-se em história na USP, em 1980, mas encontrar a vocação não foi assim tão simples. Antes, tentou estudar direito no Mackenzie (quase terminou) e administração na FGV (parou na metade).

Paulistano, era filho de um médico, que morreu num acidente quando Cyro tinha apenas 13 anos, e da poetisa Fúlvia Carlini de Carvalho Lopes.

Nos anos 90, sua orientadora achou sua tese de mestrado tão boa que lhe recomendou fazer dela doutorado.

Aprofundou-se em Idade Média, história econômica e guerras. Em Taubaté (SP), para onde se mudou na década de 1990, deu aulas na Unitau.

Publicou, entre outras obras, "Guerra e Guerreiros na Idade Média" e "Economia Brasileira Contemporânea".

Casou-se duas vezes e teve um filho. Há dois anos, perdeu a mulher, Zélia, professora, por complicações renais.

Mônica, a irmã, lembra que o historiador era brincalhão e adorava conhecer outros países, muito por influência do avô italiano que vivia fazendo economias para viajar.

Morou na Inglaterra, onde pesquisou história militar, e adorava visitar a Alemanha.

Na quarta-feira (26), um dia após ser homenageado pela Câmara de Taubaté, planejava uma viagem à Itália em frente ao computador. Tinha um livro sobre Idade Média aberto. Morreu aos 62, após sofrer um infarto. Só foi encontrado no dia seguinte.

coluna.obituario@uol.com.br

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