Índice geral Cotidiano
Cotidiano
Texto Anterior | Próximo Texto | Índice | Comunicar Erros

Alckmin diz que 'há muita lenda' sobre facções criminosas

DE SÃO PAULO

O governador Geraldo Alckmin (PSDB) disse ontem que há muita lenda sobre facções criminosas em São Paulo. A afirmação foi feita após ele ser questionado sobre os documentos publicados ontem pela Folha.

Os documentos, além de detalhar a forma de atuação do PCC, mostram que a facção criminosa possui ramificações em 123 das 645 cidades do Estado de São Paulo.

"O secretário da Segurança Pública já respondeu que há muita lenda. Crime organizado, desorganizado, ele é enfrentado. Todo dia polícia vai pra cima de bandido, todo dia os criminosos são presos", afirmou Alckmin, durante cerimônia no Centro de Referência do Idoso da Zona Norte, em Santana.

"Aqui bandido não cria nome. Temos prisões de segurança máxima para lideranças do crime organizado. São Paulo tem sistema penitenciário forte, polícia trabalhando", continuou.

INFLUÊNCIA EXAGERADA

O PCC é hoje o principal suspeito de cometer uma série de ataques contra as forças policiais do Estado.

Desde o começo do ano, 73 PMs foram assassinados.

Questionado na última semana pela Folha, o secretário da Segurança, Antonio Ferreira Pinto, foi categórico ao afirmar que "a influência do PCC é exagerada pela mídia".

Segundo Ferreira Pinto, "não é questão de minimizar o PCC. O que eles têm são 30, 40 pessoas que controlam o tráfico em larga escala".

A prova de que as prisões passam por um "momento tranquilo", conforme o secretário, é que a polícia não entra numa prisão para conter rebeliões há cinco anos.

Os documentos publicados pela Folha mostram que a capital é o principal reduto da quadrilha, com 689 integrantes. Regiões como Campinas (a 93 km de São Paulo) e Santos (no litoral) também têm grande contingente.

A atuação da facção criminosa chega até a cidades pequenas no interior do Estado, como Rifaina (a 464 km de São Paulo), que tem 3.400 habitantes.

Conforme documentação que está com o Ministério Público, cada um dos 1.343 integrantes é obrigado a pagar à facção uma mensalidade de R$ 600, o que dá uma renda mínima de R$ 805 mil ao PCC.

Texto Anterior | Próximo Texto | Índice | Comunicar Erros


Copyright Empresa Folha da Manhã S/A. Todos os direitos reservados. É proibida a reprodução do conteúdo desta página em qualquer meio de comunicação, eletrônico ou impresso, sem autorização escrita da Folhapress.