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Zona leste concentra mortes de ciclistas em SP

Foram 55 acidentes fatais de 2009 a 2011, o índice mais alto entre as regiões da cidade

COLABORAÇÃO PARA A FOLHA
DE SÃO PAULO

Um aviso para quem anda de bicicleta por São Paulo: a zona leste é a região mais perigosa da cidade para os ciclistas. Foram 55 casos de acidentes fatais entre 2009 e 2011, o índice mais alto da cidade. Ao todo, 159 ciclistas morreram na capital nesse período.

A pior situação foi registrada no bairro Jardim Helena, onde os acidentes já levaram à morte sete ciclistas.

Na sequência do ranking, aparecem as zonas sul e norte. O menor índice está na zona oeste e no centro.

Para o consultor de mobilidade urbana André Pasqualini, 38, a concentração de acidentes em regiões periféricas não chega a surpreender.

"São locais pontuais que não são preparados para bicicletas, mas concentram um número grande de ciclistas."

Para Pasqualini, a redução de acidentes passa por identificar onde eles ocorrem e precisar suas causas. "Deveria existir um plano viário concreto, baseado em educação, fiscalização e infraestrutura. Só assim os ciclistas poderiam se sentir mais seguros."

Entre as vias mais perigosas estão a rodovia Fernão Dias e a avenida Raimundo Pereira de Magalhães (zona oeste), com três mortes cada uma, e a avenida Professor Luiz Ignácio de Anhaia Mello, na zona leste, com duas mortes.

SEGURANÇA

Considerando o total de acidentes com ciclistas, foram 1.727 entre 2009 e 2011, a maioria com carros ou ônibus.

O ciclista Daniel Freitas, 26, conta que se envolveu em um acidente leve na avenida Eliseu de Almeida (zona oeste) após discutir com o motorista de um ônibus por causa de uma "fina" que o veículo teria tirado da bicicleta.

"Parei na frente do ônibus para filmar a placa e ele me empurrou até derrubar a bicicleta", diz.

Para Freitas, a situação seria mais segura para os ciclistas se houvesse mais ciclovias na cidade -atualmente, são 60,4 km. Como comparação, Amsterdã, na Holanda, tem 400 km de ciclovias.

(THIAGO AZANHA E VANESSA CORREA)

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