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Abraji cobra Promotoria sobre repórter ameaçado

DE SÃO PAULO

A Abraji (Associação Brasileira de Jornalismo Investigativo) cobrou ontem resultados das investigações que o Ministério Público de São Paulo faz sobre as ameaças sofridas pelo repórter André Caramante, da Folha.

O jornalista foi ameaçado após publicar reportagem em 14 de julho último, sob o título "Ex-chefe da Rota vira político e prega a violência no Facebook".

O texto relatava que Paulo Telhada, coronel reformado da Polícia Militar e até novembro de 2011 chefe da Rota -grupamento de ações ostensivas da PM paulista-, havia se tornado candidato a vereador pelo PSDB e exibia em sua página no Facebook caveiras vestidas com o uniforme de sua antiga corporação. Mortos em alegados conflitos com a polícia eram chamados de "vagabundos".

Caramante continua trabalhando no jornal. Anteontem atuou em reportagem sobre uma série de assassinatos na Baixada Santista, envolvendo civis e PMs.

De comum acordo com Caramante, a Folha tomou medidas para preservar a integridade física do repórter e de seus familiares.

Entre outras providências, os advogados do jornal ingressaram com uma representação para que as ameaças fossem investigadas. O advogado Luís Francisco Carvalho Filho disse que a Folha procurou o Ministério Público porque a Corregedoria tem ligações com a polícia.

O secretário da Segurança Pública, Antonio Ferreira Pinto, também foi informado das ameaças.

Telhada foi o quinto vereador mais votado de São Paulo, com 89.053 votos.

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