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Vizinho pode tornar a vida um inferno, diz alvo de reclamação

Notificação do condomínio por excesso de barulho foi dada quando família de engenheiro estava viajando

Em outro caso, uma moradora reclamou do ruído da TV, mas empresário não tem o aparelho em casa

DE SÃO PAULO

"Eu me impressionei com o poder que um vizinho tem para tornar a vida da gente um inferno", diz o engenheiro Luiz Souza, 27, morador de um prédio na Barra Funda.

Ele recebeu uma notificação listando cinco datas em que supostamente incomodou o vizinho. "Em uma delas, não tinha ninguém em casa, estávamos viajando."

No caso do empresário Víktor Waewell, 27, a vizinha chegou a chamar a polícia e fez 20 reclamações em seis meses, por causa da "televisão alta demais". Ele teve que explicar aos policiais que nem tinha televisão em casa.

Outro que chamou a polícia foi um morador da Granja Julieta (zona sul), que já havia até brigado com o vizinho no elevador, segundo o síndico do prédio, Aldo Busuletti. "Quando a polícia chegou ao apartamento, viu que todos estavam dormindo."

"Diante da prova, mesmo vendo que estão erradas, é muito difícil as pessoas pedirem desculpas", diz Busuletti.

Enquanto isso, ambos vivem no incômodo: um, sofrendo com o barulho que "ouve"; o outro, sofrendo com a reclamação e "pisando em ovos" em casa.

Foi o que aconteceu com a pesquisadora econômica Aline Braga, 25, moradora do Morumbi. "Estava um baita silêncio aqui. Eram 21h e eu estava apenas organizando a casa, quando a vizinha interfonou reclamando."

Ela agora só anda em casa de chinelos.

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