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Guilherme Machado Kawall (1922-2012)

Apaixonado por bichos e orquídeas

ESTÊVÃO BERTONI
DE SÃO PAULO

Em 22 de setembro de 1966, o então governador de São Paulo, Laudo Natel, assinou o decreto 46.797, que instituía o Dia da Ave, a ser comemorado todo 5 de outubro. Dois anos depois, a data passou a ser lembrada no país inteiro.

O Dia da Ave só entrou para o calendário nacional porque Guilherme Machado Kawall e dois amigos da SOB (Sociedade Ornitológica Bandeirante) brigaram por isso.

A sociedade que fundou fazia eventos especiais em 5 de outubro. Em 1978, por exemplo, 400 aves foram libertadas de suas gaiolas em São Paulo. Guilherme soltou um frango-d'água que aparecera dois anos antes em seu quintal.

Era um apaixonado por bichos, como conta a família.

Como criador, ganhou prêmios. Em 1964, seu pássaro Loris Bailarino levou o primeiro lugar entre os psitacídeos no 4º Campeonato Mundial de Ornitologia, em São Paulo.

Alguns animais, como os canários, criou por hobby; outros, como os mangas-largas e os gados jersey, que mantinha em sua fazenda em Jacareí (SP), como negócio.

Filho do fundador do Sport Club Germânia (hoje Pinheiros), Guilherme trabalhou em loja de móveis antes de ser industrial. Por mais de 30 anos, foi sócio da Correias Mercúrio SA, de correias transportadoras de minério. Aposentou-se no início dos anos 90.

Teve ainda um canil, criou o Collie Clube de São Paulo e, nos últimos 15 anos, manteve um orquidário em Cotia. Também ajudou a fundar a ACM de Campos do Jordão.

Viúvo desde 1999, morreu anteontem, aos 89, devido a uma septicemia. Teve cinco filhos (um morreu em 2005), nove netos e dois bisnetos.

coluna.obituario@uol.com.br

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