Índice geral Cotidiano
Cotidiano
Texto Anterior | Próximo Texto | Índice | Comunicar Erros

Entrevista

Beijei os pés dela e disse: 'Filha, vai ter Justiça'

DE SÃO PAULO

Sob efeito de calmantes, a recepcionista Maria Lee, 40, chora ao mostrar a carteira de trabalho da filha. "Sempre foi estudiosa e, por isso, ganhou uma bolsa no Colégio São Luiz [nos Jardins] há dois anos. Sonhei tanto em ter uma menina e a perdi tão cedo".

-

Folha - Fale da Caroline.

Maria Lee - Ela queria vencer. O pai dela faleceu há sete anos e, para me consolar, disse: 'mãe, todos nós vamos. A certeza da vida é a morte'. Mas não imaginava que morreria na mão de assassinos por causa de um celular. Quando a gente precisa de ajuda, cadê? Não falam que vão colocar polícia na rua? O namorado dela disse que pediu socorro e ninguém parou.

Como foi sua última conversa com ela?

Ela disse que iria à festa de 18 anos da amiga com quem ela foi criada, e que depois iria à academia do namorado. No IML, beijei os pés dela e disse: "Filha, vai ter Justiça".

Texto Anterior | Próximo Texto | Índice | Comunicar Erros


Copyright Empresa Folha da Manhã S/A. Todos os direitos reservados. É proibida a reprodução do conteúdo desta página em qualquer meio de comunicação, eletrônico ou impresso, sem autorização escrita da Folhapress.