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Redução de pena atrai detentos para estudo e trabalho

DO RIO

A carioca Marlene da Silva Macedo, 44, decidiu trabalhar no cárcere assim que ouviu de colegas de cela que, com isso, poderia reduzir a pena de 21 anos à qual foi condenada por um crime que não revela _mãe de um menino de dez anos, ela ainda não contou a ele o que a levou para trás das grades.

Com a dedicação a diversas funções nos dois presídios pelos quais passou, aliada ao bom comportamento, Marlene foi libertada no último mês de junho, após passar 14 anos em dois presídios do Rio.

Pela legislação, cada três dias de trabalho podem resultar em um dia a menos de pena. Desde 2011, o abatimento também pode ser obtido com 12 horas de estudo, divididas em três dias.

Marlene trabalhou como monitora do refeitório, bordadeira de lingerie e na área administrativa do presídio.

Quando recebeu o benefício do regime semiaberto, passou a trabalhar na Cedae, companhia de abastecimento de água e esgoto do Rio. Lá, por cinco anos, ajudou no reflorestamento de áreas à beira de rios.

Neste ano, pouco antes de ser libertada, trocou a Cedae pelo estaleiro Mac Laren Oil, de Niterói. Foi contratada como ajudante de serviços gerais e, pela primeira vez, teve a carteira assinada. "Me senti gente, com direitos de trabalhador. Quase não acreditei", conta ela, que agora ganha cerca de R$ 1 mil por mês.

(DM)

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