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Em 9 ataques com motos, 22 são baleados na Grande SP

Ações ocorreram no final de semana; ao menos seis morreram até ontem à tarde

Região metropolitana vive quarto dia seguido de violência; 37 foram mortos a tiros desde a quinta-feira passada

DE SÃO PAULO

Homens armados em motocicletas fizeram ao menos nove ataques a tiros na Grande São Paulo entre a noite de sexta e ontem, deixando 22 baleados -seis morreram.

Ontem, foi o quarto dia seguido de violência na região, que teve 37 mortos desde a quinta-feira. Em todos os casos, atiradores fugiram após os disparos, a maioria contra pessoas na rua ou em bares. Ninguém foi preso.

Sete ataques ocorreram no sábado e domingo. Em um deles, no Jardim Paulo 6º (zona oeste), três foram baleados por homens em uma moto quando estavam em uma praça -um homem morreu.

No Pari (centro), dois motoqueiros atiraram contra clientes de um bar e feriram três. Em Guarulhos, homens em duas motos atiraram contra uma base da Guarda Municipal e fugiram para a via Dutra -ninguém foi ferido.

Em Barueri, um casal de namorados morreu baleado por criminosos em moto. Uma adolescente sobreviveu.

"A moto é um veículo de fácil locomoção, que entra em lugares com muita rapidez", diz o coronel da Polícia Militar Marcos Roberto Chaves da Silva, comandante do policiamento da capital.

De acordo com ele, a Polícia Militar faz diariamente a operação Cavalo de Aço, de abordagem a motos. "A maioria das motos utilizadas em crimes é roubada."

ALTA DA VIOLÊNCIA

Em setembro, dobrou o número de vítimas de assassinatos em relação ao mesmo mês de 2011, segundo a Secretaria da Segurança Pública -144 este ano contra 71 em setembro do ano passado.

O governo tem duas hipóteses para a onda de assassinatos: acerto de contas entre criminosos e vingança de policiais militares contra a morte de colegas -88 este ano.

O secretário da Segurança Pública, Antonio Ferreira Pinto, defende a primeira, mas disse na semana passada não descartar a segunda.

Ontem, o governador Geraldo Alckmin (PSDB) negou que irá trocar o secretário, no cargo desde 2009. "[Não há] nenhuma possibilidade."

Questionado se preparava um plano para conter a violência -como afirmou o vice-governador Guilherme Afif Domingos (PSD)-, disse: "Vamos falar amanhã (hoje)."

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