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Periferia da zona sul puxa explosão de assassinatos

Região concentra quatro das cinco áreas onde houve maior aumento de vítimas

Polícia Militar afirma que trabalha, junto com a Polícia Civil, para fazer um "diagnóstico" do problema na área

FÁBIO TAKAHASHI
LÍVIA SAMPAIO
DE SÃO PAULO

A explosão de homicídios em São Paulo foi puxada por crimes em áreas da periferia da zona sul da capital paulista, como Parque Santo Antônio e Capão Redondo.

Na cidade inteira, o número de vítimas em homicídios dolosos (com intenção) mais que dobrou entre setembro deste ano e o mesmo mês de 2011, conforme divulgou na semana passada a Secretaria da Segurança Pública.

Tabulação da Folha com base nesses dados mostra que, dos cinco distritos onde mais aumentaram os homicídios, quatro estão na zona sul -e um na divisa com a região.

No Parque Santo Antônio, o número de mortos em setembro passou de 2 para 10. No quase vizinho Capão Redondo, foi de 1 para 10. Ambos distritos estão próximos à represa de Guarapiranga.

Integram também a lista dos cinco maiores crescimentos de vítimas em homicídios dolosos o Jardim Herculano, Parelheiros e o Jardim Taboão (este último na zona oeste).

"Apesar de todas as nossas operações, essa parte [da zona sul] continua sendo nosso foco crítico, embora, recentemente, estejamos também observando essa dinâmica na zona leste", afirma o coronel da PM Marcos Roberto Chaves da Silva, comandante do policiamento da capital.

Ainda de acordo com ele, as polícias Civil e Militar trabalham juntas para criar um "diagnóstico" da região para uma "intervenção precisa".

MORADORES

O aumento da violência na zona sul já havia sido captada pelo DNA Paulistano. A pesquisa do Datafolha apontou que a proporção de moradores que disseram ter tal preocupação subiu de 6% para 13%, entre 2008 e 2012.

Já as estatísticas do governo estadual mostram que, considerando o acumulado entre janeiro e setembro de 2011 e 2012, Parelheiros, Jardim Herculano e Capão Redondo também estão entre os cinco maiores crescimentos no número de homicídios.

Nesse grupo, apareceu o Jaçanã (zona norte), em que o número de vítimas subiu de 20 para 36 no ano.

OUTRAS ÁREAS

Setembro passado marcou o aparecimento de homicídios em regiões mais centrais que não haviam enfrentado o problema no mesmo mês de 2011. São os casos da Consolação (centro) e do Jabaquara (sul), onde houve três assassinados em cada área.

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