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'Cinquentões' dizem que filho adotivo não se importa com a idade

DE SÃO PAULO

Antes de receber o pequeno Gustavo, o casal de contadores Sérgio Duarte de Oliveira, 56, e Marinês, 52, também foi surpreendido por um impasse em relação à idade "ideal" para adotar.

Em uma reunião para tirar dúvidas com pretendentes à adoção em Curitiba, ouviram de uma juíza que ela não entregaria um bebê para um casal na faixa etária deles. Na época, ela tinha 46, e ele, 50.

"Dava a impressão que a gente tinha 90 anos", conta Sérgio, aos risos.

Hoje, mais de cinco anos depois, ele diz que o filho não se incomoda com a diferença da idade dos pais. "Ele fala: 'A mamãe está nova e papai está começando a ficar velho'. Uma vez disse para ele que estava com 50 e poucos anos e ele disse: 'Tudo isso, papai?'".

Os dois entraram com pedido para adoção por causa da dificuldade em engravidar. A partir daí, a "gestação" durou dois anos. Um dia, receberam uma ligação. Ouviram a pergunta da assistente social: "Querem ver o filho de vocês?"

"Era um tiquinho de gente", lembra Marinês. Hoje, o dia a dia de Gustavo envolve brincadeiras com os vizinhos e partidas de futebol com o pai. "Ele me suga, mas é ótimo", diz Sérgio, que já tinha três filhos de um primeiro casamento.

"Nunca vai faltar respaldo para ele. Um pai biológico não pode ser pai só porque tem 80 anos?"

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