São Paulo, sexta-feira, 01 de fevereiro de 2008

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Bernardo afirma que errou ao defender meta de 4% para a inflação de 2009

DA SUCURSAL DE BRASÍLIA

O ministro do Planejamento, Paulo Bernardo, fez ontem um mea-culpa e admitiu que estava errado ao defender, no ano passado, a redução da meta de inflação para 4% em 2009. Ele citou que um dos pontos de solidez da economia brasileira, para fazer frente à crise internacional, é a inflação sob controle.
Em 2007, o IPCA variou 4,46%, pouco abaixo da meta de 4,5%. Bernardo citou que a inflação fechou acima da previsão mais otimista dos analistas, mas que não bateu a meta.
"Aparentemente eu estava errado. Talvez eu tenha também corneteado [tocado cornetas] um pouco. Tenho que seguir mais o Guido [Mantega]."
Bernardo chamou de "cornetas" aqueles analistas de mercado que projetam alta da taxa básica de juros, a Selic, neste ano. O ministro disse não acreditar que os juros vão subir. A justificativa é a de que o Brasil está em um "momento excepcional", apesar da turbulência.
O CMN (Conselho Monetário Internacional) manteve a meta de inflação em 4,5% em 2007. Bernardo foi, ao lado do presidente do Banco Central, Henrique Meirelles, um fervoroso defensor da redução da meta. (JULIANA ROCHA)


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