São Paulo, sexta-feira, 01 de fevereiro de 2008

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Vaivém das commodities

KARLA DOMINGUES - kdomingue@folhasp.com.br

REFLEXO DA CRISE
Ainda sob o impacto do embargo à carne brasileira pela União Européia, os preços do boi não param de cair no mercado interno. Segundo a Scot Consultoria, alguns frigoríficos, especialmente os localizados nos Estados que estavam exportando para a União Européia, tentam forçar reduções de até R$ 10.

RECUO DE R$ 10
Em Goiânia (GO), por exemplo, o boi, que antes valia R$ 73, agora tem oferta de R$ 63. Os preços nas praças paulistas também permanecem em baixa. Ontem, a arroba do animal chegou a ser cotada a R$ 68 (menor preço). Na média, o valor ficou em R$ 69,5.

NO EMBALO
Outra carne que também apresentou redução nos frigoríficos paulistas foi a de porco. Ontem, a arroba do animal chegou a ser comercializada em algumas praças a R$ 45. A proximidade do feriado de Carnaval e a boa quantidade de animais para o abate explicam a redução nos preços do suíno. Neste ano, o preço da carne mostra queda de 18,5%.

SAFRA RECORDE
O bom andamento do clima em todo o país e o controle da ferrugem asiática no Centro-Oeste ajudaram a fortalecer as projeções de recorde histórico na safra 2007/8. A produção nacional deve alcançar 139,3 milhões de grãos, 5,4% a mais que a safra anterior (132,3 milhões de toneladas). Os dados foram divulgados ontem pela Agroconsult.

GANHO NO LEITE
O volume de leite captado pelas empresas continua batendo recorde, segundo dados do Cepea/USP. De acordo com o Índice de Captação de Leite, a produção de janeiro a dezembro de 2007 foi 9,88% superior à de 2006.

OS DESTAQUES
O destaque ficou para São Paulo, onde o volume de leite aumentou 19,15% no mesmo período. Em Minas Gerais, principal Estado produtor nacional de leite, o aumento ficou em 6%. Segundo a pesquisa, o resultado é bastante expressivo, já que o Estado produz cerca de 28% do total de leite do país, segundo dados do IBGE de 2006.

TECNOLOGIA
A Lagoa, central de genética bovina, comemora a consolidação do uso de sêmen sexado na pecuária nacional. A tecnologia, lançada em 2005, já comercializou mais de 350 mil doses, sendo responsável por 30% do faturamento da empresa. "Especialmente importante em projetos leiteiros, cuja lucratividade está diretamente relacionada com o nascimento de fêmeas, o sistema permite a escolha do sexo da cria, o que pode incrementar a rentabilidade do produtor", diz Guus Laeven, presidente da empresa.


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