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Vaivém das commodities
KARLA DOMINGUES - kdomingue@folhasp.com.br
REFLEXO DA CRISE
Ainda sob o impacto do embargo à carne brasileira pela
União Européia, os preços do
boi não param de cair no mercado interno. Segundo a Scot
Consultoria, alguns frigoríficos, especialmente os localizados nos Estados que estavam
exportando para a União Européia, tentam forçar reduções de
até R$ 10.
RECUO DE R$ 10
Em Goiânia (GO), por exemplo, o boi, que antes valia R$ 73,
agora tem oferta de R$ 63. Os
preços nas praças paulistas
também permanecem em baixa. Ontem, a arroba do animal
chegou a ser cotada a R$ 68
(menor preço). Na média, o valor ficou em R$ 69,5.
NO EMBALO
Outra carne que também
apresentou redução nos frigoríficos paulistas foi a de porco.
Ontem, a arroba do animal chegou a ser comercializada em algumas praças a R$ 45. A proximidade do feriado de Carnaval
e a boa quantidade de animais
para o abate explicam a redução nos preços do suíno. Neste
ano, o preço da carne mostra
queda de 18,5%.
SAFRA RECORDE
O bom andamento do clima
em todo o país e o controle da
ferrugem asiática no Centro-Oeste ajudaram a fortalecer as
projeções de recorde histórico
na safra 2007/8. A produção
nacional deve alcançar 139,3
milhões de grãos, 5,4% a mais
que a safra anterior (132,3 milhões de toneladas). Os dados
foram divulgados ontem pela
Agroconsult.
GANHO NO LEITE
O volume de leite captado
pelas empresas continua batendo recorde, segundo dados
do Cepea/USP. De acordo com
o Índice de Captação de Leite, a
produção de janeiro a dezembro de 2007 foi 9,88% superior
à de 2006.
OS DESTAQUES
O destaque ficou para São
Paulo, onde o volume de leite
aumentou 19,15% no mesmo
período. Em Minas Gerais,
principal Estado produtor nacional de leite, o aumento ficou
em 6%. Segundo a pesquisa, o
resultado é bastante expressivo, já que o Estado produz cerca de 28% do total de leite do
país, segundo dados do IBGE
de 2006.
TECNOLOGIA
A Lagoa, central de genética
bovina, comemora a consolidação do uso de sêmen sexado na
pecuária nacional. A tecnologia, lançada em 2005, já comercializou mais de 350 mil doses,
sendo responsável por 30% do
faturamento da empresa. "Especialmente importante em
projetos leiteiros, cuja lucratividade está diretamente relacionada com o nascimento de
fêmeas, o sistema permite a escolha do sexo da cria, o que pode incrementar a rentabilidade
do produtor", diz Guus Laeven,
presidente da empresa.
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