São Paulo, sexta-feira, 01 de fevereiro de 2008

Texto Anterior | Próximo Texto | Índice

Vendas de notebook sobem 183%, de computador, 21%

País avança de 8º para 7º no ranking global do setor

JULIO WIZIACK
DA REPORTAGEM LOCAL

A prévia de um estudo inédito do IDC (International Data Corporation), que será publicado em fevereiro, mostra que o Brasil subiu um posto na lista dos países campeões em vendas de computadores, atingindo a sétima colocação.
No auge das vendas, no segundo trimestre de 2007, o país chegou à quarta colocação. Segundo Reinaldo Sakis, analista de mercado do IDC, caso o setor no Brasil continue crescendo dois dígitos até 2010, o país assumirá a terceira colocação.
"A partir daí, a tarefa dos fabricantes será a de consolidação, porque não há como superar as vendas massivas dos EUA e da China", afirma Sakis.
A Abinee (Associação Brasileira da Indústria Elétrica e Eletrônica) prevê vendas de 11,3 milhões de computadores, em 2008, 14% a mais que em 2007. No ano passado, foram vendidos 9,983 milhões de unidades, alta de 21,4% ante 2006, segundo levantamento da associação. Em 2007, os notebooks bateram um recorde, com 1,9 milhão de unidades vendidas, 183% a mais que o registrado em 2006. Já as vendas de computadores de mesa atingiram cerca de 8 milhões, alta de 7% sobre 2006.
"Esses bons resultados devem ser mantidos nos próximos anos", afirma Humberto Barbato, presidente da Abinee. Para ele, não há motivos para uma retração do crédito, um dos motores da explosão das vendas, especialmente entre as classes C e D.
Outro fator determinante para o desempenho do setor foi a aprovação da Lei do Bem, em 2005, que passou a conceder isenção de PIS e Cofins aos equipamentos de até R$ 4.000.

Contrabando
Barbato afirma que a Abinee encaminhou uma proposta ao Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior e à Receita Federal solicitando reforços na fiscalização das fronteiras e aduanas. ""É preciso impedir a entrada ilegal de notebooks e componentes utilizados na fabricação dos computadores."
Outra estratégia da associação é conseguir que o Ministério da Ciência e Tecnologia acelere os procedimentos de aprovação de um PPB (Processo Produtivo Básico). Ele é necessário para o lançamento de novos tipos de equipamentos.
"Essa agilidade dificultaria a ação de contrabandistas, que trariam os mesmos produtos que pretendemos fabricar aqui antes de conseguirmos o PPB", afirma Hélio Rotenberg, presidente da Positivo Informática, líder do mercado.
Apenas a política do governo de isenção fiscal ajudou a derrubar a participação do mercado paralelo de 62%, em 2005, para 35%. Com as novas medidas propostas pelo setor, esse índice cairia para 30%.


Texto Anterior: Vaivém das commodities
Próximo Texto: Embargo à carne deve reduzir preços, afirmam analistas
Índice



Copyright Empresa Folha da Manhã S/A. Todos os direitos reservados. É proibida a reprodução do conteúdo desta página em qualquer meio de comunicação, eletrônico ou impresso, sem autorização escrita da Folhapress.