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Vendas de notebook sobem 183%, de computador, 21%
País avança de 8º para 7º no ranking global do setor
JULIO WIZIACK
DA REPORTAGEM LOCAL
A prévia de um estudo inédito do IDC (International Data
Corporation), que será publicado em fevereiro, mostra que o
Brasil subiu um posto na lista
dos países campeões em vendas de computadores, atingindo a sétima colocação.
No auge das vendas, no segundo trimestre de 2007, o país
chegou à quarta colocação. Segundo Reinaldo Sakis, analista
de mercado do IDC, caso o setor no Brasil continue crescendo dois dígitos até 2010, o país
assumirá a terceira colocação.
"A partir daí, a tarefa dos fabricantes será a de consolidação, porque não há como superar as vendas massivas dos
EUA e da China", afirma Sakis.
A Abinee (Associação Brasileira da Indústria Elétrica e
Eletrônica) prevê vendas de
11,3 milhões de computadores,
em 2008, 14% a mais que em
2007. No ano passado, foram
vendidos 9,983 milhões de unidades, alta de 21,4% ante 2006,
segundo levantamento da associação. Em 2007, os notebooks
bateram um recorde, com 1,9
milhão de unidades vendidas,
183% a mais que o registrado
em 2006. Já as vendas de computadores de mesa atingiram
cerca de 8 milhões, alta de 7%
sobre 2006.
"Esses bons resultados devem ser mantidos nos próximos anos", afirma Humberto
Barbato, presidente da Abinee.
Para ele, não há motivos para
uma retração do crédito, um
dos motores da explosão das
vendas, especialmente entre as
classes C e D.
Outro fator determinante
para o desempenho do setor foi
a aprovação da Lei do Bem, em
2005, que passou a conceder
isenção de PIS e Cofins aos
equipamentos de até R$ 4.000.
Contrabando
Barbato afirma que a Abinee
encaminhou uma proposta ao
Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior e à Receita Federal solicitando reforços na fiscalização
das fronteiras e aduanas. ""É
preciso impedir a entrada ilegal
de notebooks e componentes
utilizados na fabricação dos
computadores."
Outra estratégia da associação é conseguir que o Ministério da Ciência e Tecnologia acelere os procedimentos de aprovação de um PPB (Processo
Produtivo Básico). Ele é necessário para o lançamento de novos tipos de equipamentos.
"Essa agilidade dificultaria a
ação de contrabandistas, que
trariam os mesmos produtos
que pretendemos fabricar aqui
antes de conseguirmos o PPB",
afirma Hélio Rotenberg, presidente da Positivo Informática,
líder do mercado.
Apenas a política do governo
de isenção fiscal ajudou a derrubar a participação do mercado paralelo de 62%, em 2005,
para 35%. Com as novas medidas propostas pelo setor, esse
índice cairia para 30%.
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