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Boicote a produto do Brasil não causa desabastecimento, diz UE
DA REDAÇÃO
A União Européia (UE) descartou a possibilidade de desabastecimento de carne bovina
com a proibição das importações do produto brasileiro, que
entra em vigor hoje. O Brasil é o
principal exportador de carne
para a Europa, responsável por
65,9% das importações, segundo dados de 2006.
"Há outros fornecedores de
carne bovina. Temos os nossos
e há outros países com carne
bovina", disse o porta-voz europeu para questões de agricultura, Michael Mann, perguntando sobre a possibilidade de
faltar carne no mercado europeu nos próximos dias.
Preços
A decisão da UE deve diminuir os preços da carne in natura, já que os produtos possivelmente serão direcionados ao
mercado interno e a exportações para outros países, segundo informou em comunicado
Revissom Bonfim, diretor corporativo para a América Latina
da agência de classificação de
risco Fich Ratings.
A agência espera que o consumo interno do produto aumente, estimulado pelo bom
ambiente da economia nacional, o que diminuiria a dependência dos produtores em relação ao mercado europeu.
Os analistas da Fich acreditam que a medida terá impacto
limitado e de curto prazo nas
empresas, sem afetar perspectivas de médio e longo prazo.
Beneficiados
As restrições às exportações
de carne brasileira à UE abrem
um mercado de 543 mil toneladas do produto e US$ 1,4 bilhão.
Importadores de Bruxelas e
da Grã-Bretanha disseram à
BBC Brasil que pretendem
compensar a perda com produtos da Argentina e da Austrália.
O conselheiro argentino de
Agricultura para a UE, Gustavo
Idígoras, disse que o país não
tem capacidade produtiva para
suprir o volume de exportações
brasileiras à Europa. Em 2007,
a Argentina exportou 80 mil toneladas de carne à UE. O governo argentino espera que o volume atinja, no máximo, 100 mil
toneladas neste ano.
Com agências internacionais
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